Todo mundo tem estrias. Uns mais, outros menos, mas elas sempre estão lá. Nem mesmo as beldades que estampam as capas de revista e os atletas de fisiculturismo que deixam para trás muitos adversários escapam desses sinais. Acontece que muita gente se sente incomodada e quer se livrar dos risquinhos da pele, que surgem principalmente em quem sofre alterações corporais muito bruscas, como os adolescentes que ganham altura rapidamente, os adeptos da musculação que conquistam muita massa muscular em um curto período ou quem perde e ganha peso como quem troca de roupa. Aprenda a fazer amizade com a sua pele e dê um “chega pra lá” nas estrias.
1 - O que são esses risquinhos?
Se olharmos no dicionário, veremos que estria é um sinônimo para ranhura ou sulco, afinal as estrias são pequenas depressões formadas na pele. Elas estão em diversas partes do corpo e surgem sempre que o tecido é esticado rapidamente. Por falar em tecido, esse é um exemplo que nos ajuda a entender o sinal enviado pelo nosso corpo de que fomos além dos limites. Se esticarmos demais uma roupa ela vai passar por um processo de esgarçamento, ou seja, os fios vão se afastar, alguns deles podem até se romper. O mesmo acontece com a nossa pele, neste caso é só substituir os fios da trama pelas fibras! “O estiramento da pele causa degeneração das fibras, que perdem a sua elasticidade, e se rompem por não possuir colágeno suficiente”, conta o dermatologista Anderson Bertolini. Se olharmos no dicionário, veremos que estria é um sinônimo para ranhura ou sulco, afinal as estrias são pequenas depressões formadas na pele. Elas estão em diversas partes do corpo e surgem sempre que o tecido é esticado rapidamente. Por falar em tecido, esse é um exemplo que nos ajuda a entender o sinal enviado pelo nosso corpo de que fomos além dos limites. Se esticarmos demais uma roupa ela vai passar por um processo de esgarçamento, ou seja, os fios vão se afastar, alguns deles podem até se romper. O mesmo acontece com a nossa pele, neste caso é só substituir os fios da trama pelas fibras! “O estiramento da pele causa degeneração das fibras, que perdem a sua elasticidade, e se rompem por não possuir colágeno suficiente”, conta o dermatologista Anderson Bertolini.
2 - Vermelhas, brancas e eternas
Quem já parou para reparar nas estrias do corpo, deve ter percebido que existem dois tipos: as vermelhas e as brancas. Assim que as fibras se rompem, formam as estrias vermelhas, que mais tarde vão se tornando brancas. E se ao ler isso você se lembrou do que aconteceu com sua pele na última vez em que machucou o joelho, e viu aquele vermelhão inicial se transformar em uma “casquinha” com tons mais claros, você fez a analogia correta. “A estria branca já caracteriza uma cicatriz permanente”, explica a nutricionista Michelle Bueno Serra, pós-graduada em nutrição clínica e metabolismo. De acordo com a dermatologista Úrsula Metelmann, as estrias vermelhas são mais fáceis de serem tratadas. “As estrias recentes funcionam como cicatrizes recentes. A quantidade de colágeno e fibras elásticas é maior nessas lesões. Portanto, os tratamentos específicos geram uma resposta melhor”, explica a médica. No entanto, é importante lembrar que, como outras cicatrizes, as estrias também podem ser amenizadas, mas não eliminadas totalmente. “Uma vez que as estrias já ocorreram, é difícil o tratamento que reverta totalmente, e isso é pior se elas forem mais antigas”, conclui a Dra. Úrsula.
3 - Evite excessos!
Como as estrias estão relacionadas às alterações bruscas no perfil corporal, os profissionais são unânimes ao relacionar a melhor forma de evitá-las: respeite os limites do seu corpo. “Os processos de aumento de peso, crescimento e ganho muscular devem ocorrer ao longo de aproximadamente seis meses”, explica a dermatologista. Este é o tempo que o organismo leva para se adaptar às mudanças. A nutricionista Anne Michelle Albano frisa a importância da evolução gradual. “Uma evolução gradual acompanharia o metabolismo orgânico natural do nosso organismo, ao contrário de uma evolução provocada por excessos”. Os praticantes de musculação, por exemplo, ganham estrias quando o processo de crescimento é mais rápido do que a pele consegue se adequar. “É comum que apareçam estrias no final dos nove meses da gestação, mas nesse caso a pele já atingiu sua capacidade máxima de estiramento”, realça a nutricionista. “Como o surgimento das estrias é ocasionado também pelo emagrecimento, é importante que a dieta para perda de peso seja equilibrada”, conclui. Além de evitar exageros, a melhor maneira de combater as estrias é garantir a boa elasticidade da pele, conforme conclui Michelle Bueno Serra. “Mantendo alimentação equilibrada e suplementação adequada, asseguramos os nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo, promovendo melhora da elasticidade e hidratação da pele”, lembra.
4 - O segredo está na alimentação
A boa notícia é que é possível, sim, prevenir e amenizar os sinais da pele através da alimentação. “Por meio da alimentação podemos minimizar o aparecimento de estrias”, afirma a nutricionista Michelle Bueno Serra. Ela explica que há alimentos que ajudam não só a evitar o aparecimento de novas estrias, mas também a minimizar a aparência ou até mesmo ajudar durante um tratamento estético, como o consumo de vitamina C e de ômega 3. Exemplos desses alimentos são as frutas laranja, limão e goiaba. “A vitamina C é indispensável para a síntese das fibras de colágeno da pele”, explica. O médico Anderson Bertolini recorda que a alimentação deve ser rica em vitaminas A, D e C. Mas a dermatologista Úrsula Metelmann destaca que é necessário tomar cuidado com o excesso de vitaminas no organismo. “As vitaminas auxiliam na suplementação de um modo geral, mas provocam o aumento de apetite e de peso, o que pode piorar o quadro de aparecimento das estrias”, alerta a médica. Há também alguns alimentos que devem passar longe da dieta de quem busca manter a saúde da pele. “Deve-se evitar alimentos industrializados, que são ricos em açúcar refinado e gordura, pois geram toxinas no organismo e facilitam o surgimento da estria”, acrescenta a nutricionista.
5 - Não chore pelo colágeno perdido, reponha!
Outra opção para manter a elasticidade da pele é utilizar suplementos à base de colágeno, que atua diretamente na elasticidade da pele. “Eles podem ser consumidos por pessoas que desejam também prevenir o envelhecimento precoce, entre outros benefícios além da prevenção de estrias, no entanto é importante que o consumidor procure orientação profissional antes de adquirir o produto”, destaca. Se o objetivo é evitar o surgimento de novas estrias no período de crescimento, Michelle sugere utilizar o suplemento à noite. “Estudos comprovam que existe uma relação positiva entre o colágeno e o hormônio do crescimento, liberado durante o sono, associada a um maior depósito de colágeno e formação de tecido”, explica. “É o profissional nutricionista ou médico que vai avaliar a real necessidade de suplementação e as dosagens mais indicadas”, completa a nutricionista. No entanto, a dermatologista Úrsula Metelmann apresenta confronto de ideias com relação a eles. “A suplementação com colágeno é controversa, pois aparentemente tudo o que se ingere é metabolizado no estômago, portanto não tem ação efetiva na formação de fibras colágenas ou elásticas”, discorda a médica.
6 - Gravidez: um momento especial
As estrias são uma das principais preocupações estéticas das mulheres durante o período da gestação. Afinal, ao longo dos meses em que o bebe cresce dentro da barriga a pele é esticada ao máximo e muitas vezes se rompe deixando as marcas indesejadas. Para evitá-las a hidratação da pele é fundamental. “Use cremes ricos em vitamina E ou óleos corporais”, sugere Bertolini. É possível optar pela suplementação também durante esse período, mas isso deve ser feito com cuidado. “A suplementação de vitaminas e minerais ou outros componentes nutricionais durante a gravidez é muito importante para a prevenção das estrias e para outros fatores que vão além da estética, porém existem alguns componentes que, quando ingeridos em excesso, podem prejudicar o bom desenvolvimento da criança”, alerta a nutricionista Anne Albano. Portanto, converse com o seu nutricionista ou obstetra sobre o desejo de que a sua alimentação esteja a favor da sua beleza sem prejudicar o bebê. “O objetivo é que a mulher obtenha todas as recomendações e informações sobre a utilização do produto e sua atuação no organismo”, completa Michelle Bueno Serra. Suavize as marquinhas Não é porque não existe solução definitiva que devemos nos render às estrias. É possível amenizar as marquinhas brancas de diversas maneiras. De acordo com a Dra. Úrsula, os tratamentos existentes constituem em estimular o colágeno da pele. “Em princípio, são indicados cremes à base de ácidos, como o ácido retinoico, ácido glicólico, e vitamina C, principalmente”, destaca a dermatologista. “A vitamina C é indispensável para a síntese das fibras de colágeno da pele, além de prevenir a ação dos radicais livres”, explica Anne Michelle Albano, nutricionista do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Nutrilatina.
Para o caso de estrias recentes avermelhadas, os procedimentos de eficácia maior são os de exposição à luz intensa pulsada, conforme explica Dra. Úrsula. “Para as estrias brancas, o tratamento com laser de CO² fracionado associado com radiofrequência é uma das melhores opções”, completa a médica, que também lembra dos peelings, de cristal e químico, como alternativas. O dermatologista Anderson Bertolini destaca que os tratamentos com laser são os mais procurados, especialmente no caso de estrias brancas e largas. “O laser melhora a textura e alisa a pele. Ele aquece a epiderme destruindo as fibras de sustentação”, explica. Existem ainda tratamentos que combinam o laser com um pequeno processo cirúrgico, chamado de subcisão, em que se utiliza bisturi em pequenas operações com anestesia local.
“Apesar de causar desconforto por alguns dias na área aplicada, os feixes de luz penetram nas estrias estimulando a produção de colágeno e elastina”, detalha o médico. Para estrias mais superficiais acompanhadas de flacidez da pele, é indicada a radiofrequência, que estimula a produção de novas células de maneira indolor. “Depois da quarta sessão, aproximadamente, já se pode perceber uma melhora na textura e flacidez da pele, consequentemente melhorando o aspecto das estrias”, conta o especialista, que também conhece diversos outros tratamentos estéticos possíveis.
Fontes consultadas: Anderson Bertolini: Dermatologista especialista em dermatologia clínica e cirúrgica, diretor médico da Clínica Bertolini Anne Michelle Albano: Nutricionista pós graduada em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho Michelle Bueno Serra: Nutricionista pós graduada em Nutrição Clínica e Metabolismo pela Universidade Gama Filho Úrsula Metelmann: Dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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