Adoçar as bebidas do café da manhã com uma mistura escura e mais grossa pode ser estranho, mas tudo é uma questão de hábito. Estamos em um século onde a preocupação com a saúde é indispensável e hábitos saudáveis como optar por uma alimentação mais natural possível, é praticamente uma lei. As principais diferenças entre o açúcar mascavo e o refinado são evidentes no gosto, na cor e na composição nutricional de cada um. A regra básica é a seguinte: quanto mais escuro é o açúcar, mais vitaminas e sais minerais ele possui, e mais perto do estado bruto ele se apresenta. A cor branca significa que o açúcar foi refinado e para isso recebeu aditivos químicos nesse último processo da fabricação. Apesar de oferecer ao açúcar um aspecto mais bonito, a cor branca é uma grande vilã. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, só para se ter uma ideia, em 100g de um açúcar bem escuro, o mascavo, existem 85mg de cálcio, 29mg de magnésio, 22mg de fósforo e 346mg de potássio. Para comparar, na mesma quantidade de açúcar refinado, são encontrados no máximo 2mg de cada um desses nutrientes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo de açúcar não ultrapasse 10% das calorias da alimentação diária. Por exemplo, o consumo adequado para um adulto que consome 2000cal por dia, seria de 200cal o que corresponde a 50g de açúcar. “Lembrando que isso inclui as preparações de um bolo, suco, cafezinho, principalmente os refrigerantes e doces que são ricos em açúcares. Um copo de 200ml de refrigerante possui 20g de açúcar. Pronto, já foi quase a metade do consumo recomendado”, explica a nutricionista dietética Dra. Érika Sampaio. Aprenda a observar os rótulos, ver as quantidades de açúcar presentes nos alimentos e escolha sempre os com menores teores. “Troque o suco industrial pelo suco de frutas natural e quanto menos açúcar ingerir melhor para a sua saúde”, sugere a Dra. Érika. De um modo geral os alimentos são constituídos por substâncias químicas como proteínas, lipídios, carboidratos, fibras, minerais, vitaminas e água, que possuem nutrientes e desempenham funções vitais em nosso organismo. No caso dos carboidratos podemos dividi-los em dois grupos: carboidratos compostos e carboidratos simples. O carboidrato simples é o grupo dos açúcares, conhecidos como: branco, cristal, confeiteiro, mascavo, orgânico e açúcar demerara. Ambos possuem calorias. “Sua degradação final é a glicose fornecendo energia para as nossas células. Porém a energia ou calorias do açúcar são chamadas de calorias vazias, pois não possuem valor nutricional”, diz a nutricionista dietética.
VÍCIO DOCE
Já imaginou possuir uma alimentação repleta de opções salgadas, apenas e nada mais? Queremos e precisamos sentir o doce no paladar. “Temos essa necessidade, pois os doces são ricos em glicose, a principal fonte de energia para as células. A queda no consumo de açúcar pode levar a redução da taxa de serotonina e com isso pode ocasionar depressão”, explica a nutricionista Dra. Mariana Boni. Mas esse sabor delicioso do doce obtido principalmente em açúcares mais brancos é capaz de viciar? “
O açúcar aumenta os níveis de dopamina e serotonina, capazes de causar uma sensação de bem estar momentânea. Mas com a liberação da insulina, essa sensação passa rapidamente, e a pessoa sente vontade de comer mais açúcar, portanto, ele pode viciar”, afirma a Dra. Mariana Boni. Açúcar sim, mas com moderação! Dica da especialista “Associar maltodextrina com whey protein para esportista ou frequentadores de academia com treino superior a 50 minutos no pós treino, é uma boa. Já a quantidade depende da intensão do esportista”- Nutricionista Érika Sampaio Açúcar: eis o protagonista de uma alimentação cheia de energia Presentes em receitas doces e muitas vezes salgadas, o açúcar é comercializado de diferentes maneiras e para todos os gostos e pretensões. Se você busca por saúde, encontre aquele que se encaixa perfeitamente na classificação de bem-estar, na sua lista de prioridade. A nutricionista dietética Érika Sampaio lista e explica cada uma das opções. “Na questão calórica não há diferença significativa. O mais indicado é usar com moderação lembrando que quanto mais escuro, menos processo químico ele sofreu e assim preserva alguns minerais. Dê preferência aos orgânicos”. Conheça cada uma delas: Açúcar cristalino: convencional, é branqueado através da adição de enxofre, substância prejudicial à saúde. Utilizada pelas indústrias brasileiras, porém rejeitado pelos países importadores. O açúcar de exportação é vendido antes desse processo. Durante o processo de fabricação de refinamento e branqueamento o açúcar perde seus nutrientes.
Açúcar orgânico: produzido sem nenhum aditivo químico, com todos os cuidados que vão desde a fase de preparação do solo a comercialização, a matéria prima provém da cana orgânica e pode ser encontrada nas versões clara e dourada, portanto isento de enxofre.
Açúcar mascavo: O mesmo ocorre com esse tipo de açúcar, produzido sem nenhum aditivo químico, isento de enxofre, mas não necessariamente orgânico porque pode prover de um solo ou da matéria prima não orgânica. Ele também traz o beneficio dos minerais como cálcio, ferro, fósforo e potássio que enriquecem seu valor nutricional.
Açúcar demerara: é obtido no processo intermediário entre o mascavo e o refinado. Não passa por branqueamento. Por isso, mantém as vitaminas e sais minerais no mesmo nível que o mascavo.
Adoçante: são substâncias químicas que substituem o açúcar. Porém apresentam poucas calorias e uma série de efeitos colaterais e prejudiciais a saúde humana.
Açúcar light: O light significa 25% a menos de algum composto engordativo, pode ter açúcar e reduzir os lipídeos.
Calorias:
Refinado - 387cal
- Mascavo - 376cal
Carboidratos:
Refinado - 99,9g
- Mascavo - 97,33g
Vitamina B1:
Refinado - 0
- Mascavo - 0,01mg
Vitamina B2:
Refinado - 0,02mg
- Mascavo - 0,01mg
Vitamina B6:
Refinado - 0
- Mascavo - 0,03mg
Cálcio:
Refinado - 1mg
- Mascavo - 85mg
Magnésio:
Refinado - 0
- Mascavo - 29mg
Cobre:
Refinado - 0,04mg
- Mascavo - 0,3mg
Fósforo:
Refinado
- 2mg
- Mascavo - 22mg
Potássio:
Refinado
- 2mg
- Mascavo - 346mg
*Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes
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