O milho é considerado um alimento energético para o consumo humano, devido à existência predominante de carboidratos (amido) e lipídios. O grão também apresenta proteínas, embora em quantidade inferior aos outros nutrientes. O Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda o consumo de seis porções do grupo do arroz, milho, cereais, pães, batata, mandioca, etc., todos alimentos ricos em carboidratos. Segundo a fabricante Yoki, o milho para pipoca também possui vitaminas, e as mais abundantes nesse grão são as vitaminas E e os carotenóides, considerados antioxidantes. Além disso, o grão contém minerais, como cálcio, sódio, iodo, ferro, zinco, manganês, cobre, selênio, crômio, cobalto, cádmio e fósforo, dos quais o fósforo é o mais importante. Como parte de uma dieta equilibrada, os cereais integrais estão associados ao auxílio no controle do peso corporal e na redução do risco de doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares. Portanto, a recomendação é que a população consuma mais cereais integrais para obter uma alimentação balanceada e rica em vitaminas e minerais. Fibra alimentar é o termo técnico utilizado para denominar as partes dos vegetais que resistem ao processo de digestão. São carboidratos complexos, classificados em solúveis e insolúveis, de acordo com a solubilidade em água. As fibras solúveis são representadas pela pectina e pelas gomas. Já as fibras insolúveis, presentes no milho, aumentam a saciedade, auxiliando na redução da ingestão calórica.
De acordo com a Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a recomendação de ingestão total de fibras alimentares para adultos é de 20 a 30g por dia. Cheiro de pipoca tá rolando no ar Estudos recentes da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, revelaram que a pipoca, se preparada corretamente, possuí uma série de benefícios, alguns deles que ajudam os atletas de fisiculturismos a manterem a forma. Entre os benefícios da pipoca está o fato dela possuir um número de antioxidantes maior até do que algumas frutas e legumes. Isso faz da pipoca uma aliada na guerra contra os radicais livres. Segundo o estudo isso se deve a diferença entre a quantidade de água encontrada na pipoca, que é de 3 a 5% e a detectada nos vegetais, que chega a 90%. Mas, para que a ação das fibras seja eficiente, é preciso ingerir uma quantidade considerável de água. “Na parte branca da pipoca está o amido resistente, substância que passa praticamente intacta pelo aparelho digestivo, só sendo digerida no intestino grosso, onde os microorganismos da flora transformam suas propriedades nos ácidos graxos chamados de cadeia curta”, explica Ricardo Zanuto, Doutor e Mestre em Fisiologia Humana e Biofísica pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
INDICADA NA DIETA
A pipoca já vem sendo uma opção muito usada por atletas e bodybuilders há algum tempo, porém difundindo mais recentemente um grande "boom" e especulações dos motivos que levam a alguns nutricionistas e treinadores indicarem a pipoca na dieta do atleta. No caso dos fisiculturistas a casca da pipoca é grande aliada por conter fibras, que vão colaborar com a melhora do sistema digestivo. As fibras também tornam a digestão mais lenta, permitindo que a sensação de saciedade dure mais tempo. “Mas atenção, para que a pipoca não prejudique a dieta de um fisiculturista, ela precisa ser preparada em casa, de preferência sem adição de azeite e sal. Uma dica simples é colocar o milho em um saquinho de pão de padaria, fechar a ponta e deixar por poucos segundos no micro-ondas”, explica Ricardo Zanuto. “O primeiro grande interesse é o fato de que é uma grande fonte de fibras, um fator importante na estratégia alimentar onde geralmente seu consumo é baixo, além do que o grão do milho que é esse carboidrato duro não passa intacto, ou quase, pelo aparelho digestivo e assim não provoca altas repentinas nos níveis de glicose, o que é interessante, já que na dieta são evitados os picos de insulina que provém de alguns alimentos. A pipoca além de tudo, tem um paladar mais agradável que outros alimentos com efeitos e benefícios iguais ou similares”, explica o personal trainer e consultor técnico Leonardo Nabuco. Pipoca faz bem, quando: Os benefícios são vários, excelente fonte de fibras, ajuda no processo digestivo. A pipoca possui nutrientes importantes para a saúde, pela elevada concentração de antioxidantes os polifenóis, auxiliando na redução de riscos de doenças cardiovasculares, câncer, entre outros. Pipoca faz mal, quando: Os malefícios seriam no caso de usar a margarina e a manteiga, elas não são indicadas porque saturam mais rápido que o óleo. Quanto mais saturada, pior para nossa saúde devido à gordura trans, influenciando no aumento do colesterol ‘ruim’, o LDL, e a redução do colesterol ‘bom’, HDL". Eu como pipoca! Pipoca na panela, começa arrebentar...
Micro-ondas ou panela?
Onde a pipoca pode ser preparada a fim de conferir saúde? “Fique tranquilo na hora de preparar sua pipoca. As opções panela e micro-ondas são indicadas, porém se forem naturais, pois o milho é o mesmo, porém as de micro-ondas muitas vezes possuem sabor, o que aumenta a quantidade sódio e gordura, consequentemente mais calorias e menos benefícios dos antioxidantes em sua composição. Procure sempre as sem sabor ou as chamadas Zero”, explica o preparador Leonardo Nabuco. A SuplementAção foi saber com os atletas o que cada um pensa em termos de pipoca, confira as mais variadas opiniões sobre esse assunto e tire suas conclusões: Com a palavra, o bodybuilder Fabiano Ferreira: “Na minha preparação a pipoca tem seu espaço até certo ponto, por ser um amido utilizamos no off season sem problemas e ela ajuda a tornar a dieta menos estressante e restrita, ideal pra acompanhar um filme ou até um DVD de treino de meus atletas favoritos. Na fase de cutting eu costumo restringir mais e utilizar alimentos mais úteis para meu organismo, julgo ser uma caloria vazia e portanto corto o consumo próximo das competições.Indico a todos que prezam por um off season limpo e tenho minha forma de preparar em casa: Num saquinho de pão francês coloque uma xícara de milho, programe o micro-ondas na potência máxima e entre com 3 minutos e meio, quando ouvir os estalos da pipoca demorarem mais que 2 segundos pode desligar, acrescento sal liquido com um borrifador e pronto! Com uma xícara de café preto fica ótimo!” Com a palavra, o bodybuilder Fernando Sardinha: “
Batata doce, mandioca e mandioquinha não são opções nada ruins, o difícil é ter que comer todos os dias os mesmos alimentos durante muito tempo. Frango e claras de ovos também não são, mas de novo as refeições vão se empurrando durante os dias e se tornam verdadeiramente uma ‘gororóba’, mas as saídas de dieta se tornam impossíveis em diversas épocas, entre elas quando se está em preparação para competições, ou competição com a gordura corporal que quase são a mesma coisa. Inventamos em cima da nutrição avançada, maneiras de comer bem em dieta, e uma delas é a deliciosa ‘pipoca’. Fibras, baixa caloria, baixo teor de carbo pela porção, baixo índice glicêmico e grande sabor. O único problema é se depois de tantas virtudes e do jeito de fazê-las você lotar de sal. Aí meus amigos, o balão inflável dirá que a pipoca ‘engorda’”. Com a palavras, os fisiculturistas Rafael Poggi e Aline Menezio:
“Eu e a Aline incluímos a pipoca em nossa alimentação pois é um alimento que se preparado com certos cuidados, sem óleo e sal, pode ser favorável à nossa dieta. A pipoca tem em uma porção cinco vezes mais fibras, se comparada com a mesma quantidade, em gramas, de alface. O carboidrato resultante do estouro do grão não provoca altas repentinas nos níveis de glicose. Além disso, contêm uma grande quantidade de substâncias antioxidantes”. Eu não como pipoca! Com a palavra, o praticante de musculação e atleta de mountain bike, Rodrigo Fraga: “
Eu não consumo pipoca geralmente ou consumo muito pouco, raramente. Ai, preparo no micro-ondas, usando uma tigela de vidro tampada com um prato, ao invés de usar aquelas pipocas de micro-ondas prontas, que tem gordura vegetal dentro da embalagem - o que é muito ruim pra saúde. Quando vou incluir milho na dieta, prefiro colocar milho cozido na salada ou preparo cremes ou purês. Eu não gosto muito do sabor da pipoca, acredito que enjoa rápido. Prefiro o milho cozido e mesmo cozido, não priorizo. Prefiro batata, arroz, macarrão...” Com a palavra, a atleta fisiculturista Thais Marcondes: “
Sabendo que um dos grandes ingredientes da indústria alimentícia americana é o HFCS, ou high fructose corn syrup, que quer dizer xarope de milho de alto teor de frutose, vem justamente do milho e é um péssimo nutriente porque justamente tem elevadíssimo índice glicêmico e somente é utilizado para fazer inchar as massas e cobrir paladares salgados, eu decidi estudar melhor sobre o assunto. Cheguei a uma tabela de composição aproximada dos alimentos de West, Pepping e Temalilwa publicada em 1988 onde claramente observávamos a tabela da quantidade de nutrientes de cada alimento em uma porção de 100g. Me baseei na densidade de glicídios, açúcares, extremamente alta, que justamente é a razão do milho ser a fonte de produção do HFCS: 72g por 100g de alimento! Ora, se o problema é saciedade e volume de alimento com baixa quantidade de carboidrato, ou como os especialistas falam, carga glicêmica, seria mais sensato da minha parte partir para outros alimentos como, por exemplo, batata doce que tem 28g de carboidrato por 100g de alimento, ou ainda feijão que tem o dobro de proteína que o milho (22g) e menos açúcares (57g) por 100g de produto ou ainda até uma banana, que para cada 100g tem apenas 20g de carboidrato. Baseado nisso, minha opção foi utilizar brócolis ou couve flor que tem perfis parecidos: aproximadamente 2g de proteína e 4g de carboidratos para cada 100g de produto”.
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