SUPLEMENTOS

Taurina

O energético natural excelente no processo de desintoxicação. Sua ausência no corpo leva a uma fadiga precoce. Deixa de preguiça e viva a energia!

Taurina

O nome taurina soa familiar? Não, ela não faz parte somente do zodíaco. Pois bem, a taurina, ainda pouco conhecida, é um aminoácido presente na bílis do animal. A taurina é naturalmente produzida nos testículos de muitos mamíferos e também é encontrada concentrada no sangue do tubarão, dos mexilhões e das ostras. Presente também no corpo humano, a taurina é um dos aminoácidos livres mais abundantes nos leucócitos, presente no cérebro, no músculo esquelético, na retina e no coração, tendo um papel essencial em diversos processos biológicos. A taurina desenvolve vários papéis importantes na saúde: atua como neuroprotetor em diversas doenças, ajuda na prevenção e no tratamento de doenças na retina, aumenta a força do batimento cardíaco evitando arritmias e regulando a pressão e auxilia na desintoxicação. “Esse aminoácido possui ação antioxidante, amenizando doenças vasculares, melhorando a sensibilidade à insulina, protegendo as células contra danos de DNA induzidos pelo exercício. Ele ainda parece reduzir a lesão muscular causada pelo exercício e, consequentemente, acelera a recuperação entre as atividades”, explica a nutricionista da Neonutri, Angela Martins. Quer mais benefícios? Ela ainda é capaz de aprimorar o desempenho aumentando o vigor da contração dos músculos, ou seja, a força. “Ela é capaz ainda de reduzir os níveis de triglicerídeos e do colesterol prejudicial no sangue, melhorando a atenção, o desempenho cognitivo e a sensação de bem-estar”, completa a profissional Angela Martins. Segundo o especialista em medicina do esporte, Dr. Felipe Hardt, a taurina, teoricamente é um antioxidante. “Ela melhora a tolerância da glicose, auxilia a contração da musculatura cardíaca e da musculatura esquelética, aumentando a velocidade de ativação e a condução nervosa”, explica o especialista, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).

SUPLEMENTANDO JÁ

Por ser sintetizada no fígado e no cérebro, a partir dos aminoácidos metionina e cisteína, juntamente com a vitamina B6, a taurina foi inicialmente descrita como um aminoácido não-essencial pela medicina, e é o único ácido sulfonico conhecido por ser produzido por meios naturais. “No entanto, é extremamente importante que recém-nascidos e crianças ingiram taurina, uma vez que na fase da infância, existe uma baixa atividade das enzimas necessárias para a sua síntese. Além disso, na fase adulta, o cérebro também necessita de taurina, por ter uma baixa produção”, sugere Angela Martins. A proteína animal é uma boa fonte de taurina, onde sua maior concentração ocorre naturalmente em frutos do mar e derivados da carne. Pessoas que adotam alguns tipos de dietas vegetarianas necessitam suplementar. “

Paciente diabéticos e cardíacos também podem ser encorajados a utilizar”, explica o especialista, Dr. Felipe Hardt. Por estes motivos, a taurina passou a ser considerada condicionalmente essencial em fase de desenvolvimento humano, principalmente para o sistema nervoso, para os rins e a retina. “A ingestão diária de taurina exerce um papel importante na manutenção desse aminoácido no organismo, uma vez que nossa habilidade de sintetiza-lo é limitada. Sendo assim, qualquer pessoa pode consumir taurina, nunca se esquecendo do acompanhamento de um profissional”, orienta a nutricionista. A taurina é o segundo mais abundante aminoácido livre presente no leite humano. O leite em pó infantil básico e o leite normal contêm pouca ou nenhuma taurina e por esta razão a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, em 1984, permitiu a adição de taurina no leite em pó infantil numa concentração de 50mg/l, sendo esta suplementação agora uma prática padrão em quase todo o mundo. Um estudo realizado pelo Laboratório de Fisiologia e Bioquímica do Exercício da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) analisou o uso da suplementação de taurina para reduzir o estresse oxidativo após a realização do exercício físico. O estudo foi feito com ratos e foi constatado que o exercício físico excêntrico causou dano oxidativo, e que a suplementação com taurina atenuou estes danos. “Existem estudos em animais que comprovam a melhor ativação da musculatura quando aumentamos a concentração de taurina nos músculos e isso proporciona um aumento na produção de força. No entanto, poucos estudos foram realizados em humanos para avaliar o mesmo benefício”, conta Dr. Felipe Hardt. “A taurina pode ser sim recomendada para praticantes de atividades, pois alguns de seus efeitos estão diretamente relacionados com a performance no exercício, como a melhora da recuperação entre as atividades, o aumento do vigor da contração dos músculos - aumentando a força, e a melhora da atenção e do desempenho cognitivo”, diz Angela Martins.

 

BEBIDAS ENERGÉTICAS

Quem já consumiu ou costumeiramente consome bebidas energéticas já percebeu a presença da palavra taurina nas embalagens das mesmas. O grande estímulo gerado pelo aumento constante da venda de bebida energética entre os adultos é a sua capacidade gerada por ela em aumentar a agilidade mental, melhorar o desempenho físico e ser capaz ainda de fornecer energia. Segundo o Grupo Petrópolis, a taurina age como neurotransmissor e também colabora na desintoxicação de substâncias químicas. Muitas vezes a taurina é associada à cafeína para garantia de uma disposição a mais. Estudos comprovam que a taurina deve neutralizar vários efeitos adversos do excesso de cafeína, por isso as duas unidas são tão importantes. De acordo com esta conclusão, o Comitê Científico da União Europeia para a Alimentação publicou um relatório no ano de 2003 resumindo sua investigação sobre possíveis interações entre os ingredientes em bebidas energéticas. No nível cardiovascular, eles concluíram que "se houver qualquer interação entre a cafeína e a taurina, esse aminoácido pode reduzir os efeitos cardiovasculares da cafeína".

Fontes consultadas: Angela Martins: Nutricionista da Neonutri Dr. Felipe Hardt: Especialista em Medicina do Esporte e Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)

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