As dorsalgias (doenças nas costas) e as Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) são as principais responsáveis por afastamentos do trabalho atualmente, sobretudo, na administração pública. Nas doenças ocupacionais, as mais incidentes são lesões no ombro (21,08%), sinovite (13,85%), tenossinovite (6,93%) e dorsalgia. As principais consequências dos acidentes de trabalho foram incapacidades temporárias com menos e mais de 15 dias, com participações que atingiram 43,5% e 39,1% do total, respectivamente.
Só em 2013, as LER/DORT provocaram 2.191 afastamentos em decorrência de danos ao sistema osteomuscular e tecido conjuntivo. A fisioterapeuta Angela Lepesqueur, diretora doInstituto da Coluna Vertebral (ITC Vertebral) de Brasília e representante da Associação Brasileira de Reabilitação da Coluna (ABR Coluna) no Distrito Federal, explica que os tipos mais comuns de doenças laborais são tendinites, sinovites e compressões de nervos periféricos. Ela alerta que sobrecargas das estruturas musculoesqueléticas causadas por posturas mantidas por longos períodos de tempo e/ou esforços excessivos das estruturas podem gerar incapacitações e degenerações nos casos mais graves. "Todas as vezes que mantemos posturas por mais de 50 minutos a 1 hora, devemos ficar atentos, pois pode ocorrer deformidades nas fibras musculares que geram processos compensatórios nas articulações e estes processos podem levar a degenerações. Outro ponto alarmante é a presença de dores relacionadas aos esforços ou as posturas prolongadas.", comenta. Especialista em Coluna Vertebral, Angela recomenda a procura de profissionais da saúde desde os primeiros sintomas das doenças, como dores, inchaços, contraturas musculares e processos inflamatórios.
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