Entenda tudo sobre: Avaliação Física

1 - Mas enfim, o que é avaliação física?

Qualquer um que esteja interessado em começar a praticar uma atividade física deve se preparar para isso. Mas como saber se o corpo está apto a praticar tal escolha? O mais recomendado é realizar primeiramente uma avaliação física com um profissional gabaritado. “Esse é um procedimento importante para a prescrição da atividade física, pois investiga e fornece dados de composição corporal, postural, fatores fisiológicos, capacidades físicas e cardiorrespiratórias para que assim possamos analisar qual a melhor opção de atividade e treino para o determinado aluno”, afirma a avaliadora e personal trainer Raquel Machado. “É importante esclarecer ainda o histórico de cada paciente. Assim é sabido se existem doenças pré-existentes, doenças hereditárias ou mesmo histórico de lesões. Dessa maneira, o professor da academia pode ter a segurança exata de trabalhar com o aluno, e consequentemente colher somente os benefícios da atividade física”, explica o fisioterapeuta ortopédico e esportivo Ricardo Padovan.

2 - Para que ela serve?

Segundo Raquel Machado, existem diversos métodos de avaliação física. Os mais utilizados são: avaliação de composição corporal com dobras cutâneas; avaliação física funcional; avaliação de capacidades físicas, e a bioimpedância. “Os alunos são muito diferentes entre si e os treinos devem ser elaborados de acordo com a necessidade de cada um. Com os dados da avaliação física como percentual de gordura, força, flexibilidade e reações fisiológicas ao esforço (pressão arterial e frequência cardíaca), o professor possui informações específicas para a elaboração do treino individualizado”, explica a profissional. “Muitos ainda permanecem com a ideia de que a avaliação é a mesma de anos atrás, onde o objetivo era apenas saber seu estado de condicionamento físico. Atualmente ela é uma ação de orientação além das questões da aptidão física. É importante, pois quanto mais informações do histórico de saúde, experiência prévia com exercício físico (medidas corporais e teste de desempenho), mais específica será a prescrição e orientação de atividades a serem realizadas, fazendo com que o tempo até o objetivo final seja menor, pois a fase de reconhecimento tende a ser mais rápida”, explica o diretor técnico da rede Bodytech, Eduardo Netto.

3 - Ei, eu devo ser avaliado?

Todos aqueles que pensarem em se exercitar, devem sim passar por essa avaliação, afinal como já se sabe ela fornecerá todas as informações físicas necessárias ao diagnóstico do profissional avaliador. “Para o aluno a avaliação é apenas informativa, pois mostra como e qual é a realidade do momento e depois quando fizer a reavaliação mostrará o resultado que obteve. Para o professor essa é uma ferramenta de trabalho, muito utilizada na elaboração do treino”, diz Raquel.

4 - A avaliação vai começar!

Para que o praticante passe por uma avaliação deste tipo é necessário que se forneça uma série de informações. “O importante é que o aluno reavalie com o mesmo protocolo utilizado na 1ª avaliação”, diz a avaliadora Raquel Machado. Eis um exemplo de uma avaliação completa:

- Anamnese (questionário sobre o aluno);

- Avaliação postural;

- Medidas corporais (perimetria e composição corporal);

- Prescrição de atividades indicadas;

- Testes físicos e/ou funcionais, e

- Teste cardiorrespiratório Na consulta com o profissional do Leading Bodytech, por exemplo, o praticante é submetido a testes de composição corporal, desempenho de força, flexibilidade e condição aeróbia, além de testes funcionais que irão analisar o padrão do gesto motor, indicando compensações e limitações fundamentais para a prescrição dos exercícios. “Realizando todos esses testes e medidas, os objetivos poderão ser atingidos mais rapidamente”, explica Eduardo Netto. Segundo ele, esse produto é denominado como Leading, pelos diferenciais abaixo:

- Teste cardiopulmonar com analisador de gases;

- Análise de composição corporal pelo método de bioimpedância, e - Um método para avaliação do padrão motor, e dessa forma contribuir de forma mais efetiva na prescrição dos exercícios.

5 - Quem deve me avaliar?

A avaliação deve ser conduzida por um profissional capacitado, com experiência. No caso do educador físico, com especialização na área de avaliação física. O avaliador deve utilizar uma sala preparada para a mesma, ou seja, que tenha espaço e os materiais necessários como bicicleta/esteira, computador, adipômetro, entre outros. “É importante dar preferência a uma sala reservada para não ocorrer exposição do aluno”, explica Raquel Machado. Outros tipos mais específicos de avaliação podem ser feitos e por outros profissionais. Segundo o fisioterapeuta ortopédico e esportivo Ricardo Padovan, uma avaliação bem feita compreende muitas vezes uma avaliação médica. Ainda segundo o profissional, existem outros tipos de avaliações com o objetivo de reabilitação e treinamento do paciente. São elas: - Isocinéticas: diagnostica ‘possível’ desequilíbrio de força e resistência muscular; - Eletromiográfica: avalia o recrutamento muscular, buscando otimizar o trabalho de um músculo ou grupo muscular, como possíveis desequilíbrios musculares, e - Força no meio líquido: somente para natação. Utilizada para avaliar a resistência e a força de arrasto do nadador, avaliando seus resultados, e identificando o melhor emprego na técnica da braçada.

6 - Qual é a preparação necessária de quem será avaliado?

Geralmente um processo como esse tem duração de 30 minutos a uma hora. Normalmente o diagnóstico varia de acordo com o avaliador, mas não deve passar de uma semana. E alguns pontos importantes devem ser anotados e seguidos:

- Para as mulheres, é preciso evitar o período menstrual ou pré- menstrual;

- Não realizar exercícios 24h antes da avaliação;

- É preciso evitar fumar ou consumir café três horas antes da avaliação;

- Deve-se usar roupas adequadas, como shorts para homem e shorts e top para mulher;

- Evitar o jejum é fundamental, e

- No caso da bioimpedância, não consumir alimentos ou água por pelo menos quatro horas antes. Deve-se urinar 30 minutos antes e não fazer uso de medicamentos diuréticos, entre outros. “O ideal é realizar uma refeição leve aproximadamente duas horas antes da avaliação para não ocorrer nenhum desconforto durante o teste cardiorrespiratório”, recomenda a avaliadora.

7 - Avaliação física: luxo ou investimento em saúde?

Normalmente o preço de um processo como esse varia de R$30 a R$200, de acordo com o tipo de avaliação, região, cidade e estado. “Sem dúvida esse é um investimento em saúde. O treino do aluno será muito mais eficiente se for individualizado, ou seja, elaborado de acordo com o que ele precisa e são essas as informações que a avaliação física oferece. Assim, os resultados e as melhoras ocorrerão com maior facilidade proporcionando ao aluno uma melhora em sua qualidade de vida”, afirma Raquel.

8 - As academias são obrigadas a exigir esse processo?

Segundo o Conselho Regional de Educação Física, pode-se e deve-se exigir que a pessoa apresente um laudo de avaliação física, que pode ser feito dentro da academia ou por um profissional médico, sendo particular ou através de um convênio médico, e claro, atendendo os requisitos da academia em questão. “Temos tentado sempre orientar e ter essa cultura com todos os clientes. O incentivo deve sempre ser uma constante, pois é de fundamental importância na escolha e principalmente na adequação do programa de exercícios aos interesses, objetivos e características individuais dos nossos clientes”, explica Eduardo Netto. Para a avaliadora Raquel Machado, geralmente o aluno é informado no ato da matrícula, sem possíveis sustos. “A avaliação física facilitaria muito o procedimento dos professores e o controle dos resultados dos alunos, podendo até aumentar a motivação do mesmo a continuar os treinos”, finaliza.

Fontes consultadas:

Eduardo Netto: Diretor técnico da Rede Bodytech

Raquel Machado: Personal Trainer e Avaliadora Física

Ricardo Padovan: Fisioterapeuta ortopédico e esportivo