O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) fecharam 2013 com o quarto acordo para a redução do teor de sódio. Desta vez em laticínios, embutidos e refeições prontas, reduzindo em até 68% ao longo dos próximos quatro anos. O novo termo eleva para 16 o número de categorias de alimentos atingidas, que somadas representam 90% dos alimentos industrializados que mais contribuem com o consumo de sódio no país. A meta global do acordo passa a retirar 28 mil toneladas de sódio até 2020. Desde 2011, a estimativa é que 11,3 mil toneladas tenham sido retiradas de produtos como bisnaguinhas, massas instantâneas, bolos prontos, biscoitos e caldos. O sódio está presente no sal de cozinha e em produtos industrializados e seu consumo em excesso está associado a uma série de doenças, sobretudo à hipertensão arterial. Segundo pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro consome, em média, 12g de sódio por dia, considerando o sal de mesa e o sódio obtido dos alimentos. A marca é mais que o dobro do que os 5g recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Se chegasse ao consumo médio ideal, o Brasil teria forte impacto na qualidade de vida dos brasileiros e na redução das mortes atribuídas à hipertensão e às suas complicações. Conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ocasionaria ainda 15% menos mortes por AVC e além disso seria possível reduzir em 1,5 milhão o número de pessoas que necessitam de medicação para controlar a pressão alta.
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