ENTENDA TUDO SOBRE

Entenda tudo sobre: Fast food

Quem tem pressa em se alimentar, precisa mesmo optar pelas preparações na versão fast food? É só pesar tempo e saúde e você saberá qual é a resposta correta!

Entenda tudo sobre: Fast food A pesquisa ainda mostra que 28% dos brasileiros fazem refeições em restaurantes fast food mais de uma vez por semana
Crédito: BANCO DE IMAGENS

1)FAST FOOD É MESMO PREFERÊNCIA NACIONAL? 

Segundo pesquisa organizada pela Shopper Experience, os brasileiros adoram mesmo um fast food. Conduzida com mais de cinco mil pessoas entre 18 e 55 anos em todo o país, a pesquisa revela os hábitos de consumo e as preferências dos clientes de alimentação rápida, onde o fast food é o escolhido no lugar dos restaurantes tradicionais. Essa escolha se dá, para 74% dos entrevistados, pela conveniência, rapidez e agilidade na refeição. Entre as redes preferidas, 44% dos entrevistados apontam as redes conhecidas de lanchonetes que servem hambúrgueres e seus acompanhamentos em combos, como batatas fritas, refrigerantes e até mesmo cookies.

A pesquisa ainda mostra que 28% dos brasileiros fazem refeições em restaurantes fast food mais de uma vez por semana; 27% uma vez por semana; 20% uma vez a cada quinzena; 13% uma vez ao mês; 10% menos de uma vez por mês; e 2% nunca consomem alimentos em redes fast food. Ao questionar quais são os três fatores mais importantes para a escolha de um fast food, a pesquisa aponta ainda que 56% dos consumidores creditam como fator mais importante para a escolha o sabor da comida. Mais de 70% afirmaram que a razão está na conveniência, rapidez e agilidade na refeição. Já 9% responderam que optam pelo fast food porque se permitem comer alimentos menos saudáveis.

2)ESSA É UMA OPÇÃO REALMENTE MENOS SAUDÁVEL?

Sim! É com essa ênfase que afirma a nutricionista esportiva Giselle Abrantes. “Os alimentos servidos pelos fast foods são riquíssimos em gordura, açúcar e sódio e extremamente pobres em nutrientes e vitaminas, fundamentais para o bom funcionamento do nosso organismo. O consumo desses produtos, além de ganho de peso, pode causar sérios danos à saúde”, explica a profissional.

Além disso, muito do que se é comercializado em redes de fast food contêm um perigo chamado glutamato monossódio, que é bastante utilizado também em restaurantes, comidas pré-preparadas, enlatadas e processadas. O excesso dessa substância no organismo é capaz de causar retenção de líquido, danos oculares, fadiga muscular, enxaqueca e úlceras de estômago, além de ser um fator importância para a vinda da obesidade.

3)É PROIBIDO COMER ALGO NO FAST FOOD? 

Frequentar o fast food com uma certa regularidade não interfere apenas naqueles esteticamente, ou seja, indesejáveis quilinhos a mais. Hambúrgueres e frituras como batatas fritas, anéis de cebola e nuggets podem causar danos sérios e muitas vezes irreversíveis ao fígado, por exemplo. Todo esse misto de produtos é considerado uma verdadeira ‘bomba’ quando chega ao organismo.

“Essas refeições são muito calóricas, possuem muita gordura e pouquíssimos nutrientes. Não são indicadas para nenhum indivíduo, mas principalmente para aqueles que possuem alguma dislipidemia (aumento dos níveis de lipídeo, ou seja, da gordura no sangue) como colesterol e triglicerídeos, obesidade e diabetes tipo II”, confirma Giselle Abrantes.

4)UMA DOSE EXTRA DE SÓDIO! 

 No Brasil, em média, são ingeridos 12g de sal por dia, segundo a Pesquisa do Orçamento Familiar do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa quantia é equivalente a uma colher de sopa cheia de sal todos os dias. Essa quantidade é mais que o dobro recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para o Ministério da Saúde, a população brasileira deve reduzir o consumo de sal para evitar implicações na saúde.

O sódio é um dos componentes do sal de cozinha. Consumi-lo em excesso aumenta o risco de doenças como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e renais. Por isso, a OMS recomenda, no máximo, o consumo de 5g de sal ao dia. De acordo com o Ministério da Saúde, 70% do sal consumido pelos brasileiros tem origem na alimentação feita em casa e 30% provêm de produtos industrializados. Muitos desses produtos são comercializados em redes de fast food.

5)POSSO COMER SÓ UM POUQUINHO? 

Parece mesmo que é o sabor característico do fast food o que atrai cada dia mais os consumidores. Com a adição de corantes e outras substâncias responsáveis por conferir sabor aos alimentos, o público se torna cada dia mais fiel e muitas vezes viciado em um determinado restaurante ou lanchonete, e claro, em uma refeição ou lanche.

Mas qual seria a frequência ideal para consumir um fast food? “Não existe uma regularidade. O ideal é evita-los sempre que puder. Seria bem interessante se ficássemos cada vez mais longe desses vilões ricos em gordura e açúcar!”, orienta a nutricionista Giselle Abrantes. Para a personal trainer e capa da SuplementAção, Dani Tâmega, esse consumo cada dia mais frequente é um perigoso cada dia maior.

“Eu fico olhando a minha geração e penso: nossa, como as pessoas estão cada vez mais doentes e ganhando gordura? Me assusta esse fato e me faz conscientizar minha família e minhas alunas sempre para o consumo consciente de uma alimentação saudável”, diz. Para Dani, optar por alimentos frescos como frutas, verduras e legumes, é uma ótima saída.

“Frequentar feiras livres, encontrar alimentos orgânicos e se distanciar de vez de opções industrializadas deve ser o pensamento de cada um que busca por saúde, enfim por qualidade de vida através da alimentação. Uma tarefa simples, prazerosa e muito gostosa!”, orienta a personal.

6) O CONSUMIDOR EXIGE. O PRODUTOR SE MODIFICA. 

Com tanta exposição negativa por parte dos consumidores e principalmente por profissionais da saúde, que reconhecem cientificamente os danos de muitos produtos consumidos em redes de fast food espalhados pelo mundo, houve a necessidade por parte desses empresários, de modificação no produto servido ao cliente final. O McDonald’s é um desses exemplos.

Atualmente nos restaurantes da rede, são encontradas opções em frutas e iogurtes para as crianças, além de saladas. “Uma série de novidades aprimorou ainda mais o perfil nutricional do lanche versão infantil, por exemplo, na América Latina, contendo mais vitaminas e minerais e menos sódio, açúcar e calorias. As principais novidades são a introdução de uma nova porção de maçã e de iogurte, como opções de sobremesa”, explica Hélio Muniz, diretor de Comunicação da Arcos Dorados Brasil.

A rede diminuiu ainda a porção de batata-frita servida às crianças, contendo cerca de 100 calorias, menos da metade da versão anterior; A companhia também reduziu em 10%, em média, a quantidade de sódio dos pães, nuggets, queijo e ketchup, diminuindo assim o teor desse ingrediente nas três opções de produto principal do lanche na versão infantil: hambúrguer, cheeseburger e nuggets. Com o mesmo objetivo, a quantidade de açúcar adicionado nas bebidas à base de frutas foi diminuída em quase 40%, passando a ter um limite de 5g por 100ml.

7) DE OLHO NOS VILÕES! 

Para Dani Tâmega, além de tudo aquilo que está aparente quanto aos danos de consumo (como a fritura em si, por exemplo), o mais perigoso de produtos rápidos está nas embalagens. “Os termos ‘baixo teor de gordura’ ou ‘sem gordura’ numa embalagem normalmente significam que é um produto altamente processado, carregado de açúcar e muita química, ou seja, nada saudável”, conta.

Os molhos prontos para saladas são exemplos de vilões de uma refeição. “Muitas pessoas usam esses molhos para adicionar sabor em suas saladas, transformando estas refeições que seriam saudáveis em verdadeiras bombas calóricas, pois eles contêm açúcar, óleos vegetais e gorduras trans, além de um monte de produtos químicos artificiais”, orienta Dani.

Segundo a personal, é importante que o consumidor sempre esteja atento aos rótulos dos produtos. Os ingredientes devem ser analisados antes de irem para a sua casa. “Basta ter um olhar mais atento e claro, consultar sempre que possível os profissionais da área de saúde para entender o que é mais recomendado para cada pessoa. Mas de uma coisa tenham certeza: a saúde deve estar sempre em primeiro lugar!”, dá a dica.

8) VASCULHE E ENCONTRE A MELHOR OPÇÃO RÁPIDA

Para quem vive na correria e insiste em não abrir mão da opção do fast food, a dica é: opte por tudo aquilo que aparente ser menos agressivo à sua saúde. “Hoje em dia encontramos algumas poucas opções mais saudáveis como, por exemplo, as saladas, mas atenção: fique longe das carnes empanadas, embutidos e dos molhos que geralmente acompanham estas saladas. Prefira sempre as proteínas grelhadas”, orienta a nutricionista. Para quem busca se alimentar de forma rápida durante os lanches intermediários, Giselle sugere o consumo de iogurte desnatado + granola sem açúcar; fruta + castanhas; mix de castanhas com frutas desidratadas, opções disponíveis prontas para consumo no mercado saudáveis e fáceis de transportar. “Não deixando de ser ‘fast’”, diz.

FONTES CONSULTADAS:

Dani Tâmega: Educadora física e personal trainer

Giselle Abrantes: Nutricionista esportiva

Hélio Muniz: Diretor de Comunicação da Arcos Dorados, maior franquia do McDonald's do mundo

 

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