A infância compreende a idade entre 3 e 9 anos e é um período de intenso crescimento e desenvolvimento, tanto físico, cognitivo, quanto psicológico, moral e de outros aspectos. É, portanto, uma fase que depende de vários estímulos externos adequados para garantir esse processo.
O crescimento infantil é uma questão complexa que envolve, dentro de todos os aspectos, a qualidade da alimentação. O desenvolvimento é caracterizado como: aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas. Essa evolução inicia-se desde a vida intrauterina e envolve vários aspectos, como crescimento físico, maturação neurológica e construção de habilidades relacionadas ao comportamento, às esferas cognitiva, social e afetiva da criança.
Do ponto de vista nutricional, nesse início de vida, o organismo da criança tem necessidades especiais e um metabolismo muito específico, fazendo com que a nutrição deva estar extremamente adequada para um crescimento completo. Uma alimentação pertinente ao estado fisiológico que a criança se encontra, além de garantir o crescimento, previne doenças crônicas na vida adulta como: hipertensão arterial, diabetes, obesidade, problemas cardíacos, e também possibilita um rendimento escolar satisfatório.
O aparecimento da FOME OCULTA, quadro definido como a carência de micronutrientes (vitaminas e minerais) que não causam danos aparentes à saúde, mas que, devagar reduz a resistência do organismo, atrapalhando o metabolismo e levando as alterações no desenvolvimento físico e mental. Para o diagnóstico da Fome Oculta em crianças, devem-se usar os seguintes parâmetros: alteração no crescimento, deficiência no ganho de peso, modificações de apetite, em áreas cognitivas e queda do sistema imunológico, repetidas vezes.
Os pais devem ficar atentos à alimentação de seus filhos, já que essa faixa etária é um dos grupos de risco para uma inadequada ingestão de cenário atual, no Brasil e no mundo, é de transição nutricional, ou seja, mudança no padrão alimentar, incluindo o das crianças. Essa situação está gerando um aumento da obesidade e o aparecimento da Fome Oculta, quadro definido como a carência de micronutrientes (vitaminas e minerais) que não causam danos aparentes à saúde, mas que, devagar reduz a resistência do organismo, atrapalhando o metabolismo e levando as alterações no desenvolvimento físico e mental. Para o diagnóstico da Fome Oculta em crianças, devem-se usar os seguintes parâmetros: alteração no crescimento, deficiência no ganho de peso, modificações de apetite, em áreas cognitivas e queda do sistema imunológico, repetidas vezes.
Os pais devem ficar atentos à alimentação de seus filhos, já que essa faixa etária é um dos grupos de risco para uma inadequada ingestão de alimentos errados.
O cenário atual, no Brasil e no mundo, é de transição nutricional, ou seja, mudança no padrão alimentar, incluindo o das crianças. Essa situação está gerando um aumento da obesidade e nutrientes, pois existe uma seletividade natural de alimentos por parte das crianças, levando a uma redução da ingestão de verduras, legumes e frutas. A alimentação nos dias de hoje é composta por itens ricos em açúcar e carboidratos refinados, gorduras trans e saturadas, produtos industrializados, com muito sal, conser vantes, corantes, etc. Ao ingerir esses alimentos, o indivíduo deixa de consumir os nutrientes adequados para o seu organismo, como vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, que estão presentes nas frutas, verduras, legumes e cereais integrais. Logo, o corpo foi alimentado, porém não foi nutrido. Essa diferença é o que determina um crescimento infantil adequado ou insuficiente.
Vamos aqui destacar alguns nutrientes que exigem maior atenção na dieta da criança:
Ferro
Mineral essencial, presente principalmente nas carnes, o ferro tem como função principal transportar o oxigênio pelo organismo.
A falta de ferro na dieta leva à anemia ferropriva, que afeta pessoas de todas as idades, mas as crianças em especial são mais suscetíveis. Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da carência de ferro na criança são: o crescimento acelerado, o que determina maior necessidade de ferro, aliado a uma dieta que dificilmente consegue atingir a recomendação necessária de ferro para a faixa etária. A deficiência de ferro está associada a inúmeras manifestações não hematológicas como alterações gastrointestinais, maior predisposição a infecções, diminuição da capacidade de trabalho físico e alterações no crescimento e desenvolvimento, além da diminuição do apetite. Tem-se observado também a importância do ferro na função cerebral, pois diversas áreas do cérebro contém ferro, e que a deficiência de ferro pode gerar alterações em neurotransmissores e de comportamento. Em crianças na idade escolar, a anemia ferropriva pode determinar alterações nas funções cognitivas, com déficit no Q.I.
Cálcio
Esse mineral apresenta várias funções no nosso organismo, mas aqui destacamos uma de suas principais: formação dos dentes e o desenvolvimento ósseo. O aumento de massa óssea tanto no homem como na mulher ocorre até os 20 ou 30 anos, quando é atingido um equilíbrio entre formação e reabsorção óssea. Dentre os fatores que influenciam o pico de massa óssea, destacam-se fatores genéticos, nutricionais e atividade física. Em relação aos fatores nutricionais, importase à ingestão de cálcio. Existe consenso na literatura de que aumentos na ingestão de cálcio durante a infância e adolescência são associados com incrementos na massa óssea. Considerando que a ingestão de cálcio tem se mostrado reduzida, e a importância deste nutriente para a prevenção da perda de massa óssea, o consumo de alimentos lácteos deve ser incentivado, principalmente durante a fase de crescimento e pico de massa óssea.
Além do cálcio, para a formação do osso, são necessários outros nutrientes, tais como: magnésio, vitamina D, boro e zinco. Portanto, percebe-se a necessidade de uma alimentação bastante completa e variada.
Zinco
A principal fonte desse mineral é a carne, ele está associado com o crescimento humano, age como co-fator de mais de 300 enzimas que regulam o metabolismo protéico e a multiplicação celular, portanto percebe-se a grande relação do mineral com a síntese protéica e como consequência com o crescimento infantil. Outra função importante que o zinco exerce no nosso organismo é como defesa, pois ele atua no sistema imunológico, minimizando o risco de infecções. Assim, percebe-se que a presença da carne, principalmente a vermelha, é de extrema importância para as crianças, seguida dos cereais integrais, para que a ingestão de zinco seja adequada.
Vitamina A
A hipovitaminose A, condição adquirida pela baixa ingestão de vitamina A, ainda é uma realidade nos dias atuais no Brasil, sendo considerado um problema de saúde pública. Esse nutriente tem como principais funções a formação das células da visão e células do sistema imunológico, mas também é responsável pela elasticidade e a hidratação da pele e das mucosas, mantendo a vitalidade da pele, cabelos e unhas.
Os problemas encontrados com a baixa ingestão são: distúrbios visuais, visão deficiente à sensibilidade da luz (fotofobia), cegueira noturna, atraso no crescimento, entre outros. As fontes alimentares são na forma de carotenóides (alimentos de origem vegetal: cenoura, abobora, mamão, couve) e retinol (origem animal – leite, manteiga, gema de ovo, fígado, óleo de peixe).
Vitamina C Essa vitamina já é bastante conhecida em relação ao sistema imunológico, porém ela apresenta outras importantes funções no organismo da criança, com alto poder antioxidante, ela atua na formação dos dentes, fortalece os vasos capilares, facilita a absorção do ferro não heme (de origem vegetal, como feijão, beterraba), auxilia na cicatrização de feridas e união dos ossos, em casos de fraturas.
A deficiência mais aguda dessa vitamina gera o escorbuto, enfraquecimento das estruturas de colágeno, gerando sangramento capilar alargado. O escorbuto infantil causa má formação óssea. Alguns sinais de leve deficiência podem ser observados através da perda de apetite, sonolência, insônia, sentimento de exaustão, irritabilidade, fadiga e baixa resistência às infecções. Frente à grande demanda nutricional para o crescimento e o desenvolvimento, nota-se a importância da alimentação saudável para as crianças. Como o hábito alimentar é formado nessa faixa etária, os pais devem se responsabilizar em fornecer uma dieta adequada para seu filho, tendo bons hábitos em casa. Caso alguma dificuldade seja encontrada, o ideal é procurar ajuda de um profissional nutricionista para que haja o processo de educação nutricional com a criança e com os pais, ou até mesmo, a prescrição adequada de algum suplemento, caso haja necessidade.
Comentários