“O que é que a baiana tem?... Tem graça como ninguém...
Como ela requebra bem!...”. Dorival Caymmi foi muito feliz ao escrever versos tão verdadeiros, interpretados com total maestria pela artista Carmem Miranda, ainda no século passado. A canção que é sucesso até os dias de hoje, não só no Brasil, mas nas mais diferentes partes do mundo, traduz perfeitamente a ginga, o carisma, o encanto e a beleza da mulher baiana. E é de uma representante genuína que vamos falar na edição de número 39 da SuplementAção.
Mariana De Canio Gonzalez é uma morena de encher os olhos. No início de sua fase adulta, aos 21 anos, Mari atualmente esbanja sua beleza nas telas da televisão. Mas antes de chegar a um patamar tão almejado, foi levada pelos pais, aos 14 anos, a uma agência de modelos para que fosse testada. A beleza da então menina conquistou o olhar atento da produção da agência e de lá pra cá, Mari nunca mais abandonou esse cenário da moda.
Com 1,74m, a morena dividia seus trabalhos em desfiles, comerciais, ensaios fotográficos e presenças em diferentes eventos. O seu fraco eram as passarelas, pois apesar de sempre ter um corpo magro, Mari tem um bumbum avantajado, que tirava dela a oportunidade de desfilar mais. Aos 17 anos, a gata ganhou a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a profissão de modelo, através de um curso de boas maneiras.
Nele, além de saber se portar perante a sociedade, nas mais diferentes situações, teve a chance de aperfeiçoar suas técnicas de auto maquiagem, de desfile, além de dicas de como se vestir melhor, além de interpretação, o que era de grande valia, já que participava de muitos comerciais.
Apesar da desenvoltura conquistada no ofício de modelo, na escola, Mari nunca foi o tipo de aluna que ia à frente para apresentar os trabalhos escolares. “Sempre preferi fazer uma prova, a um trabalho. Nunca gostei de me expor na frente dos professores e colegas. Sempre fui do tipo estudiosa e reservada”, conta a baiana. E na faculdade não foi diferente. Estudante da Faculdade Federal da Bahia, no curso de Educação Física, a morena sempre foi a mais discreta.
Ela chegou ao sétimo semestre do curso e desistiu da faculdade por um bom motivo. No início de 2014, em um de seus trabalhos como modelo, dessa vez em uma ação de degustação de bebidas em um aeroporto, Mari foi abordada por uma equipe do programa Pânico na Band. E reservada como si só, de início, não deu bola para o convite que a equipe fez a ela, para que fosse para São Paulo ser mais uma integrante do dominical.
Pouco tempo de conversa depois, Mari decidiu passar seu telefone à equipe e dois dias mais tarde, recebeu a ligação que mudaria de vez a sua vida. “Fui convidada a integrar o Pânico na Band e uma semana depois deixei minha vida em Salvador para arriscar tudo em São Paulo”, conta. De cara, Mari ganhou o apoio do pai, um ‘telespec’ assíduo do programa humorístico e a resistência da mãe, por ciúmes.
“Minha mãe tinha o receio que eu me expusesse muito. Colocar um biquíni na TV então, era literalmente um pânico pra ela. Hoje em dia ela me apoia em tudo, porque sente que eu estou feliz e me encontrei na TV”, afirma Mariana, que ao chegar no Pânico passou a assinar o nome de Mari Baianinha. O nome artístico da morena é carregado por ela em um pingente de ouro pendurado no pescoço. “Essa já virou a minha marca”, diz.
Mari nunca fez nenhum curso de teatro. As interpretações que fazia nos comerciais que participava eram as mais naturais possíveis. E essa naturalidade a fez ganhar uma participação ainda maior no programa da Band. De Panicat por quatro meses, Mariana ganhou o status de apresentadora do programa. Aliás, sua entrada no Pânico aconteceu de uma maneira inusitada.
Um dia antes de entrar para a atração, foi informada pela direção do programa que iria apresentar o Pânico sozinha. “Levei na brincadeira. Achei que fosse trolagem”. Na telinha, ela apareceu inicialmente com um véu cobrindo o seu rosto. “Não dava nem pra ler o teleprompter (equipamento acoplado às câmeras de vídeo que exibe o texto a ser lido pelo apresentador). Foi uma sacanagem, mas eu sei que pro meu bem. Esse foi um teste pra saber se eu aguentaria a bronca e isso já dura mais de um ano”, confidencia.
“Nem acreditei que aquilo estava acontecendo; todo mundo me dizendo o que fazer e eu toda perdida. Eu fiquei toda calma, não sabia nem o que pensar, foi desafiador. Comecei a falar do meu jeito e acho que foi isso que eles gostaram. Quando tirei a venda e pude enxergar tudo. E depois daquilo, logo de cara já tive uma matéria e adorei esse lance de gravar”, conta nos detalhes.
Mari nos contou que aprende muito no programa e gosta muito da falta de rotina do trabalho. “Pra quem vivia naquele mundo fechado de Salvador, hoje conheço um novo mundo e tenho contato com novas experiências e muita gente bacana”. A morena não tem ídolos, mas ama sertanejo e curte muito a dupla Jorge e Mateus. Ainda no mundo artístico, é constantemente comparada a várias beldades, como Cleo Pires, Cindy Crawford e Isabel Goulart.
MUDANÇA DE ARES
Mari nunca tinha deixado Salvador para fazer nenhum trabalho. Lá era o seu reduto e o seu ganha pão. Na capital da Bahia, a morena encontrava uma grande diversidade de trabalhos como modelo e chegar em São Paulo aos 21 anos foi como descobrir um mundo novo. Já instalada em um apartamento paulistano, Mari foi impedida de circular livremente pela capital paulista, para evitar que fosse descoberta antes de sua aparição no programa.
A morena permaneceu por dois meses ‘disfarçada’, só aguardando ser chamada. Apenas um boné a disfarçava por onde ia. Nesse intervalo de tempo até a estreia, a bela teve um intensivo período de cuidados com a beleza. Implantes de silicone turbinaram os seios e tratamentos estéticos realçaram sua beleza, assim como uma rigorosa dieta e treinos diários na academia, com acompanhamento profissional. Nessa fase, Mari emagreceu 4kg.
“Como coloquei as próteses de silicone, meu corpo reteve muito líquido e eu fiquei muito inchada. Na fase de recuperação não pude me exercitar como deveria e acabei ganhando uns quilinhos. Depois de um tempo da recuperação, corri atrás do prejuízo para recuperar o que havia ganhado”.
Nessa fase, Mari conta que os treinos na academia eram exaustivos e aconteciam todos os dias da semana. “Lutava contra o relógio. Naquela época, não me permitia ter vontades. Se tinha algum desejo de algo, lembrava do meu foco e pronto, dá-lhe malhação. Me privava mesmo”. A gata não tinha objetivo de perder um número específico de peso, mas sim de se olhar no espelho e se sentir bem.
Já faz mais de um ano de toda essa preparação e Mari acredita que nesse tempo, não mudou muito o peso do início, acredita até ter emagrecido mais. “Não posso dizer que vivo de dieta, porque minha rotina é muito maluca e não me permite seguir algo bem traçado, mas não consigo mais extravasar fugindo da linha. A consciência pesa!”, brinca. Em Salvador, a bela não se restringia a nada, mas por ser estudante de Educação Física e ter pai e irmão donos de uma academia, tinha nos treinos um escape para tanta extravagância.
Atualmente, a bela não consegue ter uma rotina de treino como que gostaria de ter. Com a correria de gravações, Mari recorre ao tempo que sobra na agenda para se exercitar e esse tempo nunca é o mesmo. E ela tem uma vantagem. O seu reduto de malhação fica na academia do prédio onde mora em São Paulo.
Quando saiu de Salvador, era acompanhada por um personal e uma nutricionista de lá, porém precisava de pessoas mais próximas dela. Foi aí que encontrou o personal Caio Franco e por enquanto, não assinou parceira com nenhuma nutri. O Caio é aquele parceiro de todas as horas.
“Como minha vida não tem rotina, o treino também não tem. Então eu treino quando posso: de manhã, à tarde ou à noite. É só ligar pro Caio e a gente entra em um acordo”, diz. Quando viaja, por ter a teoria das aulas de Educação Física, não deixa de se exercitar. “Adoro escadaria. Então se vou pra um lugar que tenha, logo vou subir e descer. Faz muito bem, principalmente para as pernas”, confidencia.
A PITADA DA BAIANA
Em São Paulo, a vida de Mari deu uma mega guinada. E isso diz respeito também à alimentação. Na casa dela em Salvador, os pais cozinhavam muito bem e ela, é claro, não se privava de nada. “Eu amo feijão e meu pai é especialista em uma feijoada dos deuses! Hoje ele adaptou a receita e sempre faz uma versão light pra mim. Ele é um anjo!”, brinca.
Longe de casa e sem muito tempo para cozinhar, Mari tem uma ajuda extra para se alimentar. Uma empresa fit de congelados fornece semanalmente a ela, várias preparações. A preferida dela é a panqueca integral de carne com arroz. Ela adora também o macarrão integral com patinho moído. A nova rotina a fez incluir também o brócolis em sua dieta. “Não tem nada pra visita na geladeira de casa, só dieta. Tô ferrada!”, brinca.
Um dos passeios prediletos da modelo e apresentadora é com destino a lojas de alimentos saudáveis. “Lá eu faço a festa. Adoro produtos sem glúten e lactose. Quanto mais saudável possível. Faço todas as substituições possíveis”, conta. Uma delas é a batata doce em pó. A forma natural do alimento deixa Mari um pouco enjoada. “A versão em pó é perfeita. Hoje não tem desculpa pra não ter dieta”, dá a dica. Outra opção são os chocolates zero. “Eu amo chocolate e não consigo ficar sem, então dou meu jeito”, conta.
Nos dias de hoje, a maior dificuldade da morena é conciliar a dieta com o trabalho. Ela procura levar marmitas, mas dependendo da distância da viagem, não dá pra sempre estar com elas. “Aí tenho que procurar comer itens integrais, frango e muita salada. Tenho minhas restrições”, diz ela que sempre viaja acompanhada de barrinhas de aveia e de proteína. Em dieta, diminui a quantidade de água pra não se sentir inchada. Para sessões de fotos, nada de chocolate e opta pelo aeróbico e alimentação leve.
“Não sou aquela pessoa que ama a musculação de paixão. Treino, curto, mas gosto de ser feliz. Faço dieta, mas tenho meus escapes, principalmente com brigadeiro. Depois compenso tudo no treino”, revela seu segredinho. Uma alternativa para a musculação é o Mahamudra e o Cross Fit. “Adoro ser saudável e sonho em manter meu corpo magro, mas com definição”, diz.
Segundo ela, esse estilo de shape é o corpo de Panicat que as garotas de hoje em dia buscam ter: menos volume, mas sempre definição e valorização das curvas, herança brasileira de primeira qualidade. Quando o assunto é suplementação, a bela investe em BCAA (antes e depois do treino), proteína e termogênico.
RAIO-X DA MUSA
MARIANA DE CANIO GONZALEZ – MARI BAIANINHA
21 anos
Data de nascimento: 16/02/1994
Altura: 1,74m
Peso: 67cm
Quadril: 100cm
Cintura: 68cm
Busto: 92cm
Personal trainer: Caio Franco
Redes sociais:
Instagram: @oficialgonzalez
TREINO ARRETADO
Com a vida sem rotina pelas gravações do Pânico na Band, Mari Baianinha conta com a ajuda do personal trainer Caio Franco para manter seu shape sarado. “Realizamos esse treino pelo fato da Mari quebrar um pouco a barreira de mulher muito forte e muito grande. Trabalhamos o corpo dela para que ela fique de uma forma onde possa estar presente em qualquer área, tanto em desfiles e campanhas de roupas. A prioridade está no aeróbico para mantê-la sequinha”, diz Caio Franco.
Dia 1
Treino quadríceps ou parte da frente da perna
Agachamento livre: 5X até a falha
Passada com halter + agachamento abduzido: 4X20 repetições
Leg press: 4X10-8-6-6 + agachamento isometria até a falha
Subida no banco: 4X20 repetições
Panturrilha no leg press: 5X30 repetições
Dia 2
Peito + tríceps +abdômen
Supino halter + testa barra w: 4X8-10
Crucifixo inclinado + supino halter inclinado + francês cabo: 4X8-10 Flexão de braços + tríceps paralela: 4X15-20
Crunch cabo: 5X até a falha
Elevação de pernas no banco com caneleira: 5X8-10
Dia 3
Aeróbico
40 a 50 minutos
*Treino na esteira intervalado: caminhando dois minutos e correndo um minuto, em velocidade rápida
Dia 4
Posterior da perna
Mesa flexora: 5X até a falha
Stiff barra + halter: 4X10-12
Agachamento livre: 4X15
Elevação pélvica ou elevação de quadril + cadeira abdutora: 4X20
Panturrilha no leg press: 5X30
Dia 5
Costas+ ombro + bíceps
Pulley costas + Remada aberta: 4X10-12
Barra aberta: 4X8
Remada fechada: 4X10
Desenvolvimento halter + rosca direta: 3X10
Elevação lateral unilateral + rosca simultânea: 3X12
Elevação frontal barra + remada alta + rosca Scott: 3X10
Obs: Descanso entre cada série de 30 a 45 segundos e 2 minutos entre cada exercício. Aeróbio de 20 a 30 minutos no final de todos os treinos
Suplementação:
-BCAA (antes e depois do treino)
-Proteína
-Termogênico
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