1) MENOPAUSA = MULHERES
Ao chegar aos 35 anos, a mulher começa a ter um ciclo menstrual irregular. É nesse momento que se inicia o climatério, com duração prevista até os 65 anos. “Dentro desse período temos a pré-menopausa, a menopausa e a pós-menopausa. A partir dos 45 anos, os ovários vão perdendo a capacidade de produzir os hormônios que regulam o ciclo menstrual.
É a partir daí, mais próximo aos 50 anos, que a menopausa acontece e é considerada quando a mulher fica um ano todo sem menstruar”, explica a ginecologista, Dra. Julianne Lotufo. De acordo com o Comitê de Nomenclaturas da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, a menopausa é a fase em que a mulher passa do estágio reprodutivo, para o não reprodutivo.
2) ANDROPAUSA = HOMENS
Atualmente, usa-se o termo DAEM ou deficiência androgênica do envelhecimento masculino. “Trata-se da diminuição da produção do hormônio masculino (testosterona) em níveis fisiológicos, que a partir daí surgem vários sinais e sintomas que pioram a qualidade de vida do homem”, explica o urologista, Dr. Eduardo Bertero. Não existe uma regra, mas a partir dos 50 anos é mais comum que os homens passem pela andropausa. “No entanto, eles não sabem reconhecer nem lidar com o problema. Além disso, a andropausa é um fenômeno difícil de ser detectado porque se mistura com os sinais do envelhecimento normal”, afirma o urologista, Dr. Paulo Egydio.
3) A MUDANÇA GERA DESCONFORTO
Na fase em que ocorre essa transformação hormonal, tanto para as mulheres, como para os homens, é inevitável que exista baixo estima. No caso das mulheres, a partir do climatério, podem surgir alterações psicológicas como a depressão, devido às mudanças que ocorrem no corpo, como por exemplo, o aumento do peso. Elas apresentam mais cansaço e diminuição do desejo sexual.
“Durante o climatério, os níveis da serotonina (neurotransmissor que é responsável pela alegria e humor), começam a baixar, causando alterações emocionais. Isso mexe muito com o humor da mulher, por isso ela chora com facilidade”, explica Dra. Julianne. Além da irregularidade menstrual, o climatério gera ondas de calor, insônia, irritabilidade, alterações de humor, disfunção sexual, dores de cabeça, perda dos ossos (osteoporose), doenças cardiovasculares e depressão.
“Os sintomas costumam passar, mas isso acontece em diferentes períodos e de pessoa para pessoa. Após os 65 anos, esses sintomas acabam de vez”, explica a ginecologista. Para os homens, além de apatia e depressão, existem ainda problemas em relação à perda de memória, maior sonolência, diminuição da massa muscular, aumento do peso, tendência à anemia e osteoporose, diminuição do interesse sexual, dificuldade de ereção, dificuldade de concentração, entre outros.
4) VIRILIDADE NA BERLINDA E OUTROS FATORES
No caso dos homens, a testosterona é um hormônio importante para o mecanismo da ereção. Sua deficiência pode levar à disfunção erétil (impotência sexual) em maior ou menor nível e também prejudicar a libido.
“O que pode ocorrer também, devido à disfunção erétil é a predisposição a traumas e/ou microtraumas durante o ato sexual, que podem desencadear a Doença de Peyronie, podendo provocar deformidades no pênis, como curvatura, afinamento e até redução do tamanho”, explica o Dr. Paulo Egydio. Entre os fatores que podem determinar a queda hormonal de testosterona está a falência e atrofia dos testículos, que podem ocorrer em qualquer idade, causando a queda na produção do hormônio masculino. Segundo o Dr. Paulo Egydio, a diminuição da testosterona pode ocorrer também quando houver alteração dos hormônios hipofisários.
“Algumas alterações provocadas por deficiência de testosterona na puberdade podem assemelhar-se com as da fase adulta. E a formação das características secundárias masculinas (voz, barba, pelos no corpo e pubianos) podem não ocorrer ou ocorrer com atraso. E, além disso, os testículos podem continuar pequenos e o pênis pode não se desenvolver”, afirma o urologista.
5) REPOSIÇÃO HORMONAL, UMA DAS ALTERNATIVAS
A queda da produção hormonal nos homens e nas mulheres é capaz de gerar a andropausa e a menopausa. Uma alternativa para aliviar os sintomas de cada um desses males é a reposição hormonal para ambos. “O tratamento se dá através da reposição hormonal, que pode ser realizada quando necessária e com orientação médica especializada. A reposição hormonal de testosterona pode ser feita por meio de injeções intramusculares, gel, comprimidos, adesivos, implantes subcutâneos”, afirma Dr. Paulo Egydio.
Mas segundo ele, existem casos atípicos. “Existem casos em que o homem não precisará de reposição hormonal por ocorrer menor diminuição dos níveis de testosterona”, diz. No caso das mulheres, o tratamento é geralmente realizado com dosagens relativamente baixas de estrógenos, por via oral ou através da aplicação de adesivos sobre a pele ou gel. Não existe um tempo ideal de manutenção dessa terapia hormonal, que deve ser decidido caso a caso.
6) A ALIMENTAÇÃO COMO UMA GRANDE ALIADA
Uma das principais doenças associadas à menopausa é a osteoporose. Portanto, a ingestão de cálcio e vitamina D deve ser redobrada nesta fase. “Outra dica é evitar a ingestão de alimentos com cafeína ou ferro, pois esses nutrientes impedem a absorção do cálcio pelos ossos. A vitamina D estimula o intestino a absorver o cálcio ingerido. Além do leite, a exposição ao sol converte o calciferol em vitamina D e permite a absorção do cálcio pelo organismo”, afirma a nutricionista Márcia Loureiro.
Na fase da menopausa a mulher tem déficits hormonais, nesse período é recomendável incluir na alimentação alimentos ricos em vitaminas C, E, D3, ácido fólico, zinco, magnésio, cálcio, selênio, proteínas, carboidratos integrais e substâncias fitoestrogeneas e fitonutrientes. “Esses nutrientes vão amenizar esses déficits”, diz Márcia. A nutricionista orienta:
Para ondas de calor e hidratação: sementes oleaginosas e óleos vegetais (fontes de vitamina E) e frutas cítricas (vitamina C).Para oscilação de humor: cereais integrais, grãos, beterraba e sementes oleaginosas (fontes de magnésio).Para ressecamento vaginal e da pele: sementes oleaginosas e óleos vegetais (fontes de vitamina E).Para formação de neurotransmissores e bem-estar: cereais integrais, ovos e grãos (vitamina B6).
7) A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS
Algumas recomendações podem ajudar a combater a andropausa, como: praticar uma hora de exercícios aeróbicos diários; manter uma alimentação balanceada, rica em fibras, com pouca gordura e carboidratos; manter uma vida sexual ativa; lidar com estresse, depressão e falta de desejo sexual (se necessário, com ajuda profissional, através de psicoterapia).
“Atividades vigorosas como musculação, podem aumentar a massa óssea feminina. Os músculos também acolchoam os ossos como um para-lama e quanto mais músculos houver em volta do esqueleto mais protegidos estarão os ossos, quando eles se tornam frágeis e porosos, o que é inevitável com o passar da idade”, explica a personal trainer Valéria Aprobato. Outras atividades físicas, também podem aumentar alguma porcentagem da massa muscular, caso a mulher seja muito sedentária, agora o aumento, e a melhoria do tônus muscular, acontece com sobrecarga localizada, naquele músculo que está sendo trabalhado.
Segundo Valéria Aprobato, os exercícios com pesos moderados, (utilizados na musculação), aumentam a massa muscular e a força dos músculos esqueléticos. Além dessas características os exercícios resistidos acusam resultados em curto prazo, principalmente, quando comparados com outras modalidades.
“A musculação, por exemplo, garante melhores índices na melhora da função neurológica, no aumento da resistência e da força muscular localizada e indica uma significativa melhora nos efeitos positivos no metabolismo energético. A diminuição da força do quadríceps é um risco para ocorrência de fraturas do quadril, e isto pode certamente ser amenizado pela prática dessa atividade”, orienta a personal trainer.
FONTES CONSULTADAS:
Dr. Eduardo Bertero: Médico urologista, especialista, entre outros, em Disfunção Erétil, Impotência Sexual e AndropausaDra. Julianne Lotufo: Médica ginecologista e obstetra, especializada em Reprodução HumanaMárcia Loureiro: Nutricionista clínicaDr. Paulo Egydio: Médico urologista e andrologista. Doutor em Urologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USPValéria Aprobato: Personal trainer, escritora e palestrante
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