Faça Diferente com os atletas de Luta de Braço

Músculos definidos e muito mais força. Desvendamos os segredos dos praticantes da Luta de Braço e apresentamos aqui uma série de exercícios para você turbinar seus treinos e conquistar bíceps, tríceps, trapézio e peitoral de campeão

Um oponente de cada lado, braços em punho e uma emocionante disputa de forças. Você com certeza conhece a Luta de Braço! Provavelmente não com esse nome e pode ser também que não saiba que se trata de uma modalidade regulamentada, com confederação e campeonatos oficiais. Conhecido popularmente no Brasil pela expressão ‘braço de ferro’ o esporte no qual é preciso ter explosão, força e resistência nos membros superiores, serve de inspiração para treinos inovadores para cada um dos músculos do braço, antebraço, costas e peitoral. Com a ajuda dos campeões Carlos Eduardo Rodrigues, Paulo Fabiano Morbio e Reginaldo Pires Bento mostramos aqui treinos completos e exercícios que podem ser incluídos em sua série de forma individual. Para ter a força necessária e ganhar os combates, os atletas desenvolveram treinamentos próprios. Com a troca de experiência com praticantes de todo o mundo e a visão de quem precisa aperfeiçoar músculos bem específicos Paulo garante que a série é para quem quer ter braços de ferro. “Precisamos buscar treinos que nos garantam que temos mais força no braço do que qualquer outra pessoa. Se realizarmos o mesmo treinamento que a maioria das pessoas utilizam, não vamos ter uma ênfase tão grande nos músculos para ganhar uma luta”, resume.

Entenda o esporte 

Um esporte com potencial para tornar-se cada vez mais popular e conquistar adeptos com os mais diferentes perfis. “Duas pessoas medindo forças causa muito fascínio. Além disso, existe uma facilidade e um custo muito baixo para a prática do esporte”, diz o atleta e treinador Paulo Morbio. Modalidade esportiva desde os anos 70, a Luta de Braço se tornou conhecida depois que Silverter Stallone protagonizou uma cena de combate no famoso filme “Falcão o Campeão dos Campeões” por volta de 1987. Praticada em mais de 117 países tem como principais representantes atletas dos EUA, Rússia, Canadá, Ucrânia.

Divididas por categorias de cinco em cinco quilos, as disputas são realizadas sempre em duplas, em uma mesa especialmente desenvolvida para o esporte. Para derrotar o adversário é preciso forçá-lo a levar o braço abaixo do nível da almofada que existe nesta mesa. Para ser considerado mais forte que o oponente é preciso acumular duas vitórias em três combates. As lutas também podem terminar por faltas e para que isso aconteça os lutadores precisam receber duas punições. Entre as principais faltas estão: retirar o cotovelo da mesa, soltar ou abrir a mão após o início da luta, largar a mão do pino de apoio, apoiar a mão com o ombro, retirar os dois pés do contato com o chão. Para saber mais visite o site da Confederação Brasileira de Luta de Braço, o endereço é www.cblb.com.br.

Inclua no treino 

Aqui você conhece alguns exercícios da série dos três lutadores.

Barra com um braço Para trabalhar todos os músculos dos membros superiores de uma só vez, os atletas fazem uma adaptação da barra tradicional. Com o abdômen e as pernas contraídas Eduardo sobe na barra apoiado apenas por um braço. O movimento é puxar e esticar e deve ser repetido oito vezes em cada lado. Simulação de combate na polia Com as mãos apoiadas na mesa e o auxílio de um pegador de duas polegadas, (especialmente desenvolvido para a prática), é possível trabalhar de uma só vez antebraço, ombro, peitoral e punho. Com um movimento semelhante ao de finalização, os atletas repetem o movimento em quatro séries de oito à dez repetições. “O pegador com tamanho diferente aumenta a dificuldade e exige até quatro vezes mais força do que se fosse realizado com um pegador normal”, diz Eduardo.

Rosca Alternada com corda e pegada em pronação 

Com uma anilha pendurada a uma corda Paulo faz uma série de rosca alternada. O movimento trabalha o antebraço, o bíceps e o tríceps e fica ainda mais trabalhoso com a pegada em pronação, contrário do que normalmente os exercícios são realizados. Ao todo são quatro séries com seis repetições.

Corda 

Apoiada por uma estrutura de metal, a corda de 6 metros é um desafio à resistência e a força. Para treinar vários músculos ao mesmo tempo, Paulo começa o exercício sentado e sobe pela corda sem usar as pernas. O desafio é cansativo e os atletas sugerem iniciar com alturas menores. É possível ampliar ainda mais o grau de dificuldade trocando a maneira como realizar a subida, de costas e com uma mão em cada uma das cordas são alguns exemplos.

Simulação de combate com corda 

O exercício também utiliza o movimento de finalização da luta para fortalecer os músculos, mas precisa do auxílio de um companheiro de treino e uma corda. Com o cotovelo apoiado sobre uma mesa e segurando a corda com a mão simule um combate enquanto o parceiro de treino faz o papel de adversário, usando toda sua força contra um único braço. Reginaldo repete o treinamento em três séries de oito finalizações.

Sparing 

Como em toda luta, sparing é a simulação do combate com o auxilio de um parceiro. Com os cotovelos apoiados sobre a mesa e o movimento de empurrar você vai trabalhar ombros, bíceps, antebraço e até mesmo punhos.

Força extra 

Além de toda carga de treinos, os atletas também têm nos suplementos alimentares outra peça fundamental para seus resultados. Todos seguem uma rotina de suplementação bem definida. Lutador desde os 14 anos, Eduardo começa o dia com duas doses de Whey Protein. Como treina pela manhã suplementa antes de suas séries com 5g de BCAA, 5g de Glutamina, 5g de Creatina e as vezes com mais 20g de um suplemento vasodilatador. Logo após o treino entram em cena novamente o BCAA e a Glutamina e no squeeze uma combinação de duas colheres de Dextrose com Whey Protein Isolada repõem as energias. “Durante a tarde, tomo outra dose de Whey Protein e antes de dormir um shake com três colheres de sopa de Albumina”.

Com um perfil metabólico que favorece a perda de peso, Paulo também segue uma suplementação rígida, mas com diferenças significativas. “Tomo um sache de suplemento polivitamínico pelo menos meia hora antes dos treinos. Isso ajuda minha resistência não baixar demais, já que o gasto energético da Luta de Braço é muito alto”, conta. “Também faço uso de um suplemento hipercalórico de manhã e no lanche da tarde, nas fases de treinamento intenso e de pré-competição gosto dos shakes de Whey Protein de manhã e depois dos treinos”. A Creatina também entra na rotina de suplementação no período próximo as lutas.

Treinado por Paulo, Reginaldo esta na categoria dos pesos pesados. O gigante completa o time mostrando que independente do perfil a suplementação é sempre uma aliada. “Também tomo suplementos polivitamínicos (packs) duas vezes ao dia. Uma de manhã e outra antes do treino”. Antes da bateria de exercícios diários, o atleta toma 5g de Creatina e um shake preparado com cinco medidas (scoops) de Maltodextrina. Depois do treinamento, são mais cinco medidas de Whey Protein, 5 g de Creatina e três comprimidos de BCAA.

Perfil do Atleta 

Carlos Eduardo Rodrigues - 31 anos Presidente da Federação Paulista de Luta de Braço Altura: 167 cm / Peso: 75kg Bíceps: 44,5 cm /Antebraço: 40 cm Principais Títulos: 2X Campeão Mundial 3X Campeão Sul-americano 10 vezes Campeão Brasileiro Invicto 10 vezes Campeão Paulista Invicto 3º Lugar Arnold Classic 3º Lugar no Mike Gold Classic Pro

Perfil do Atleta 

Paulo Fabiano Morbio - 28 anos Atleta e treinador de Luta de Braço Altura: 175 cm / Peso: 79 kg Bíceps: 42 cm / Antebraço: 37 cm Principais Títulos: Campeão Mundial Campeão Sul-americano 4X Campeão Brasileiro 4X Campeão Paulista

Perfil do Atleta 

Reginaldo Pires Bento - 32 anos Atleta de Luta de Braço Altura: 118 cm / Peso: 118 kg Bíceps: 53 cm / Antebraço: 76 cm Principais Títulos: Campeão Mundial Campeão Sul-Americano 7X Campeão Brasileiro 7X Campeão Paulista A Revista SuplementAção produziu 2 vídeos diferentes com o treino dos atletas!