Dieta: Cetogênica

Se você é o tipo de pessoa que acompanha todas as dietas do momento e tenta seguir todas elas, então certamente você já conhece a dieta cetogênica. Composta em sua maioria (75%) por fontes de gorduras consideradas boas, como o óleo de coco e as oleaginosas, a dieta da vez permite o consumo entre 15 e 20% de proteína e de 5 a 10% de carboidratos, priorizando sempre aqueles que tenham baixo índice glicêmico, por exemplo a batata doce e a mandioca. 

Apesar do modismo diversos estudos comprovam que a dieta cetogênica oferece muitos benefícios à saúde, inclusive, ajudam não só na perda de peso e melhora da saúde de modo geral, mas também auxiliam no combate de várias doenças, como diabetes, câncer, epilepsia e doença de Alzheimer. Além disso, o consumo dos alimentos corretos faz com que você entre no estado de cetose, ou seja, o estado metabólico em que a gordura fornece a maior parte da energia para o corpo. 

Utilizada há muitas décadas, no início a dieta cetogênica era mais comum no tratamento de pessoas epiléticas, já hoje com cada vez mais pessoas buscando dietas eficazes e que sejam zero carbo, glúten e afins, ela ganhou proporção e poderíamos até dizer que ela é sim modismo, mas isso apenas se ela não trouxesse resultados. 

Mesmo não tendo nada de inusitado na dieta, ela realmente traz resultados por ter como base para o consumo alimentos de verdade ao invés de refinados, processados e claro, pelo baixo consumo de carboidratos, sendo estes consumidos apenas em folhas e legumes de baixo índice glicêmico. 

Especialista em Nutrição Otimizada para Saúde e Bem-Estar e criador do Emagrecer de Vez, Rodrigo Polesso afirma que a dieta cetogênica pode ser indicada para toda pessoa que deseja fazer grandes mudanças alimentares, porém orienta sobre a necessidade de consultar um profissional de sua confiança. 

“A dieta cetogênica prioriza o alto consumo de gorduras naturais de qualidade. Tipicamente 70% ou mais da energia nesta dieta virá de fontes boas de gorduras. Os resultados são inegavelmente positivos quando feita de forma correta. Mas, não como não existem métodos complicados, mas sim a simples orientação de se limitar carboidratos de forma um pouco mais restritiva, não considero essa dieta como algo da moda, mas sim como um estilo alimentar já usado há décadas, nutritivo, defendido pela ciência e que pode beneficiar muita gente”, explica Rodrigo Polesso. 

Sobre os benefícios Rodrigo relata que as pessoas que mais se beneficiaram deste estilo alimentar foram as que visavam uma perda acelerada de excesso de peso, diabéticos, pessoas que sofrem de problemas relacionados à síndrome metabólica no geral ou pessoas que desejavam apenas reprogramar o organismo para a queima natural de gordura. 

Segundo a nutricionista Andrea Marim, a dieta é indicada para pacientes que precisam de uma redução de gordura corporal em curto prazo: “Utilizo a dieta como uma estratégia incentivando o paciente ao emagrecimento, porém antes desse processo é importante que o paciente entre em uma rotina alimentar adequada e depois utilize a cetogênica como estratégia”, detalha a nutricionista.

De acordo com Polesso a dieta ajuda a emagrecer principalmente porque possibilita que os hormônios do corpo voltem a funcionar corretamente, principalmente a insulina. “Insulina é o principal hormônio estimulante do armazenamento de gordura e também do bloqueia de sua queima. Ao colocar ele em cheque com consumo baixo de carboidratos, o corpo abre as portas para os hormônios queimadores”, acrescenta.

Tipicamente base da dieta cetogênica consiste de carnes, peixes, laticínios integrais, frutos do mar, legumes de baixo índice glicêmico, folhas no geral, nozes/castanhas, manteiga, gorduras boas (óleo de coco, azeite de oliva), frutas de baixo índice glicêmico em moderação (como mirtilos, amora, morango), café e chá. Logo deve-se evitar alimentos refinados e processados, principalmente fontes de carboidratos, como: açúcar de todas as formas e tipos, pães, farináceos no geral, arroz, batata, massas, frutas doces, sucos, refrigerantes, sobremesas, biscoitos, feijão e afins, etc.

De acordo com o especialista as vantagens dessa dieta é que depois da adaptação, com o consumo correto de alimentos nutritivos e com alto poder de saciedade você estará provendo todos os nutrientes que seu corpo precisa, enquanto reajustando seu metabolismo para a queima natural de gordura. “Seu apetite e saciedade voltarão a funcionar corretamente. Você sentirá menos fome, mais energia, clareza mental e sensação de leveza Claro, bem provavelmente você notará uma boa perda de peso também. É possível ganhar novamente uma liberdade alimentar onde você não precisa mais focar em quanto come, mas comer até de saciar. Logo o foco no controle das calorias passa a ser desnecessário na grande maioria das vezes”, explica Polesso. 

Ao inserir uma dieta em nossa vida é extremamente importante consultar um nutricionista para que o cardápio seja alinhado e principalmente, para que sua saúde não seja prejudicada. Até porque ninguém quer fazer uma dieta para ter problemas, mas sim para encontrar soluções, como perder peso e adquirir mais qualidade de vida. 

Entre um dos pontos principais para entender que a dieta não causa prejuízos à saúde está o fato de que os carboidratos não são essenciais para o corpo humano, ou seja, reduzir ou cortar não fará a menor diferença. É necessário aprender que o nosso corpo fabrica a quantidade necessária de glicose que precisamos através da gluconeogênese, o que significa que o consumo exógeno de carboidratos pode ser desconsiderado. 

Andrea Marim: Nutricionista.

Rodrigo Polesso: Especialista em Nutrição Otimizada para a Saúde e Bem-Estar. Criador do programa Emagrecer de Vez.