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A luta contra a febre amarela

As primeiras manifestações da enfermidade são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias

A luta contra a febre amarela As taxas de letalidade dos casos graves, no Brasil, oscilam entre 40 e 60%.
Crédito: BANCO DE IMAGENS
Relatos de casos da febre amarela têm provocado dúvidas e ansiedade na população. As primeiras manifestações da enfermidade são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. 

A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragias e cansaço intenso. 

A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela, entretanto, as taxas de letalidade dos casos graves, no Brasil, oscilam entre 40 e 60%.

A principal arma contra a doença continua sendo a vacinação. A vacina atenuada contra o vírus da febre amarela, utilizada no Brasil desde 1937, tem altos índices de segurança e eficácia. 

A vacinação é recomendada para toda a população, exceto para quatro grupos de pessoas: crianças menores de seis meses de idade, mulheres grávidas, pessoas com histórico de hipersensibilidade aos componentes de vacina ou ovo e pessoas com imunidade mais baixa por conta de doenças ou do vírus HIV.

Isso ocorre porque a atual vacina utiliza o vírus atenuado — em que o vírus está vivo, mas enfraquecido e sem possibilidade de produzir a doença. Para imunizar as pessoas que não podem tomar a atual vacina, diversas pesquisas lançam mão da biotecnologia para desenvolver vacinas com a tecnologia do DNA recombinante, em que haveria inserção de genes no genoma do vírus.

Para a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, essa estratégia já é utilizada contra outras doenças. “A biotecnologia, que já é uma aliada na produção de vacinas contra a dengue e a hepatite B, tem grande potencial para diversificar os métodos de combate à febre amarela”, afirma.

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