Pet: Condroitina ou Glucosamina para o Pet?

A glucosamina é um aminoácido natural usado pelo corpo para fazer glicosaminoglicanos, que são os componentes essenciais da cartilagem. Ela é uma molécula naturalmente presente no organismo e utilizada para a síntese da cartilagem articular e do líquido sinovial, responsável pela lubrificação das articulações.

A glucosamina participa de importantes processos, como: a síntese das glicosaminaglicanas (GAGs), proteoglicanas e hialuronato da cartilagem articular, e, também funciona como substrato, agindo diretamente no condrócito, estimulnado a síntese de proteoglicanas e inibindo a de metalproteses (Rezende e Gobbi, 2009).

Já a condroitina ou o sulfato de condroitina, pode ser encontrado na cartilagem dos cães e é por isso que a glucosamina é sempre combinada com condroitina para ser utilizada como um suplemento para problemas articulares como artrite e artrose. Tanto a glucosamina, quanto a condroitina são substâncias muito utilizadas para o tratamento de artrite em cães.

 

A artrite canina é a inflamação ou o inchaço das articulações em um cão.  Este inchaço faz com que o cão sinta muita dor ao se mover. Quando a artrite é muito grave e está em estágio avançado, além de sentir dor ao se movimentar, o cão também sente dor quando está parado. 

A artrite canina piora com o passar dos anos, ou seja, animais idosos tendem a sofrer mais com a artrite, podendo até mesmo parar de se locomover. Percebemos hoje que pelo menos 20% dos cães com idade superior a sete anos, é afetado pela artrite. Cães jovens também podem apresentar a artrite, mas ela costuma ser menos comum.  As formas mais comuns da artrite canina são: a reumatóide, a osteoartrite e a artrite séptica. 

 

Um animal apresenta artrite reumatoide quando o sistema imunológico dele cria anticorpos que matam as proteínas do corpo. A cartilagem nas articulações fica totalmente inflamada como resultado da resposta autoimune e normalmente são administrados esteroides para matar os anticorpos e fortalecer o tecido que envolve as articulações.

 

Osteoartrite é quando ocorre deterioração progressiva e permanente da cartilagem articular de articulações diartrodiais (sinoviais) devido a causa primárias (idiopáticas) e secundárias.

A artropatia degenerativa é desencadeada por um estresse mecânico, podendo ser uma lesão traumática, instabilidade, conformação anormal, ou atividade anormal.

As enzimas metaloproteínases, serina protease e cisteína são liberadas de condrócitos lesionados, provocando degradação do colágeno e perda da ligação cruzada dessa proteína na cartilagem. Quando a síntese de colágeno é alterada ocorre o declínio da interação entre colágeno/proteoglicano e diminuição nas propriedades da matriz hidrofílica.

A matriz cartilaginosa fica então comprometida devido ao aumento da degradação dos proteoglicanos de qualidade inferior. O óxido nítrico é liberado degradando a cartilagem e gerando inflamação crônica. A apoptose do condrócito ocorre pela enzima ciclo-oxigenase-2. Com a inflamação da membrana sinovial ocorre a diminuição da viscosidade do líquido sinovial assim diminuindo a lubrificação. O líquido sinovial de baixa qualidade diminui o aporte de oxigênio e nutrientes para os condrócitos, assim o osso subcondral se torna esclerótico.

A dor surge de receptores de dores que existem em tendões, ligamentos, ossos subcondrais e cápsulas articulares. O resultado desse processo é a degradação progressiva da cartilagem, variando desde uma fibrilação até a formação de fissuras profundas, podendo ocorrer também a perda da espessura da cartilagem. Ocorre então a fibrose periarticular induzindo a uma vascularidade deficiente da membrana sinovial e desenvolvem-se osteófitos em torno e dentro da articulação. 

As causas primárias ainda são desconhecidas, mas as causas secundárias da artropatia degenerativa são várias, como: displasia de quadril e cotovelo, osteocondrose dissecante, luxação patelar, luxação congénita de ombro, doença de Legg-Perthes e ruptura do ligamento cruzado cranial.

QUANDO É ARTRITE SÉPTICA? 

A artrite é séptica quando existe uma infecção no sistema do cachorro que atinge a articulação. A infecção se desloca através da corrente sanguínea e se instala na articulação apresentando micro-organismos patogênicos presentes dentro de uma ou mais articulações sinoviais. Também pode ser causada por contaminação associada a lesões traumáticas, por exemplo lesões penetrantes diretas como ferimentos causados por mordedura ou corpos estranhos. Também pode ocorrer por sequela de cirurgia, artrocentese ou injeção intra-articular, disseminação hematógena de micro-organismos a partir de focos sépticos distantes ou extensão de osteomielite primária.

Fontes primárias de infecção hematógena são sistema urogenital, cutâneo que inclui orelhas e sacos anais, respiratório, cardíaco e gastrointestinal.

  

 Veja alguns dos principais sintomas:

• Animal anda mais lentamente

• Animal para pra pular

• Animal não quer mais passear

• Animal fica mais rígido de manhã

• Animal apresenta claudicação ou espasmos

• Animal emite sons ou latidos atípicos antes do início ou durante o exercício

Cada forma de artrite pode ser associada a diferentes causas, como: infecções, genética, falha autoimune, dentre outras.

A idade e o tamanho do animal também podem levar à artrite. Os cães, especialmente os maiores, frequentemente desenvolvem problemas de artrite e neste caso a culpada frequentemente é a osteoartrite sob a forma de displasia do quadril. 

A glucosamina pode retardar este processo de degeneração da cartilagem, fornecendo os blocos de construção para a síntese de uma nova cartilagem. Portanto, pode revelar-se eficaz no tratamento de cães que lidam com o problema da artrite.

A glucosamina pode também prevenir mais danos na cartilagem e facilitar a reparação da cartilagem danificada. Como resultado, pode-se observar uma melhora dos sintomas de artrite em seus cães. 

Já a condroitina é um componente da cartilagem articular e pode aumentar a resistência à compressão, melhorar a elasticidade das articulações e proteger as articulações de enzimas que podem provocar a degradação da cartilagem.