ENTENDA TUDO SOBRE

Entenda tudo sobre: Fadiga

Aprenda como identificar, evitar e driblar essa baixa de energia

Entenda tudo sobre: Fadiga A hidratação é fundamental para manter o organismo saudável
Crédito: REVISTA SUPLEMENTAÇÃO

Cansaço intenso e constante, dores musculares frequentes, resfriados e outros pequenos quadros de infecção que vão e voltam. O corpo pode dar sinais de que algo está errado entrando em um estado que costumamos chamar de fadiga.

1 - Que canseira é essa?

Usada para definir sintomas que vão desde uma sensação de cansaço permanente até a dor em um grupo muscular, a fadiga é definida pelos especialistas como a incapacidade fisiológica do corpo humano de efetuar uma resposta adequada e funcional aos estímulos. “Estima-se que mais ou menos 10% da população vai apresentar um quadro de fadiga ao longo de sua vida”, aponta o médico Ernane Avelar Fonseca. De uma forma genérica, podemos dividir a fadiga em dois tipos. “Uma localizada, que corresponde a uma incapacidade de resposta muscular a uma solicitação de trabalho específico e a outra generalizada, com envolvimento de todos os segmentos orgânicos”, detalha Fonseca. “O primeiro tipo é denominado fadiga periférica e o segundo fadiga central”, acrescenta o Mestre e Doutor em Ortopedia e Medicina Esportiva Rogério Teixeira da Silva

2 - Quando ela pode aparecer?

O estado de estafa física ou mental pode estar ligado a um fator isolado, que provoca a alteração temporária, ou a uma sequência de fatores, que geram um quadro mais complexo e duradouro. “As alterações que ocorrem no ciclo biológico normal, conhecido como ciclo circadiano, levam a desequilíbrios no metabolismo imediato”, diz Fonseca. “Isso acontece, por exemplo, quando um atleta que mora em um país tropical como o Brasil vai competir em local de baixa temperatura, ou quando o atleta que está habituado a viver ao nível do mar e vai para um local de grandes altitudes, onde o oxigênio é rarefeito. Nesses casos o organismo necessita de um consumo maior do que o habitual e pode desenvolver um quadro de fadiga”. Alterações do ritmo do sono, abuso de bebidas alcoólicas e alimentação inadequada são apontadas pelo especialista como um atalho para a fadiga. “Neste caso o cansaço aparece de forma repentina e evolui sem uma causa aparente”. Doenças cardíacas e respiratórias, deficiências nutricionais e treinamentos inadequados também podem desencadear o problema.

3 - Quais os sintomas?

Alterações no sono, diminuição da motivação, percepção e atenção para as atividades de rotina, menor desempenho nas atividades físicas e mentais, capacidade de raciocínio prejudicada, sonolência mórbida, profunda e contínua, menor resistência imunológica, dores localizadas. A lista de sinais que o corpo apresenta quando não está sendo capaz de atender a uma demanda de atividades é extensa e pode combinar um ou mais itens. “Em resumo existe uma fraqueza real, que é substancial. Porém, a fraqueza percebida é a de ter a sensação de efetuar um esforço maior para realizar uma mesma tarefa”, pontua Fonseca. Com a rotina agitada e o acúmulo de atividades, é comum encarar o cansaço como algo corriqueiro mas de acordo com os especialistas, quando um ou mais sintomas aparecem é hora de verificar o que está errado e procurar ajuda. “A pessoa pode estar desenvolvendo um quadro patológico conhecido como síndrome da fadiga crônica, que pode perdurar por um longo tempo, mesmo com um tratamento adequado”, alerta.

4 - Muito além dos limites

Termo famoso, o overtrainning também pode ser considerado um tipo de fadiga. “É uma expressão inglesa usada para definir a fadiga causada especificamente pelo treinamento excessivo ou incorreto”, diz Fonseca. “É comum ver pessoas utilizando esse termo de maneira equivocada,para denominar a dor muscular tardia, provocada por um exagero em um momento ou dia específico de treinamento”, aponta Carlos Teixeira. Ainda segundo ele, aquela dorzinha que sentimos alguns dias depois de uma atividade física é um dado metabólico do organismo, mostrando que houve exagero. “Acontece quando se passa dos limites, se está com algum problema de saúde ou mesmo estressado”, pontua. O quadro de overtrainning vai mais além e traz grandes prejuízos. “Ocorre quando alguém é submetido a longos períodos de treinos de supercompensação”, define Rogério. “Percebemos que um atleta está entrando em overtrainning quando ele começa a ter quadros de viroses e resfriados com frequência, apresentar menor rendimento e a reclamar da carga de treinos”, diz. O doutor em ortopedia afirma ainda que a maioria das pessoas não chega a esse estágio de fadiga, porque acaba desenvolvendo uma lesão e reduzindo o ritmo de treinos.

5 - Respire da maneira correta

Inspirar e expirar parece fácil, mas não fornecer ao organismo a quantidade de oxigênio necessária durante o exercício também pode conduzir a uma fadiga. “A falta do oxigênio necessário para a quebra da molécula de glicose, que é a fonte principal de energia muscular, faz com que o organismo procure outra fonte de energia. Na ausência do oxigênio sanguíneo, este trabalho consome reservas orgânicas, que provocam um aumento no metabolismo celular local, que tenta recolocar o oxigênio na corrente sanguínea para refazer todo ciclo biológico normal”, explica Fonseca.

6 - Para não entrar nessa

Diminuir o ritmo dos treinos e da carga de trabalho, manter uma alimentação equilibrada e respeitar os períodos de descanso são algumas atitudes que podem contribuir para evitar os quadros de fadiga. Já para saber se aquela canseira deve ser preocupante, uma avaliação médica é necessária. “A abordagem do profissional deve ser feita no sentido da correção dos fatores que desequilibram o metabolismo orgânico”, diz Fonseca.

7 - Invista na suplementação

Para garantir o fornecimento de energia suficiente ao organismo durante os treinamentos e evitar os quadros de exaustão, Rogério Teixeira da Silva indica o consumo de suplementos à base de carboidratos e também bebidas isotônicas. “A hidratação é fundamental para manter o organismo saudável. Além de consumir pelo menos dois litros de água por dia, costumo indicar as bebidas que repõem o sódio e todos os outros minerais perdidos durante o exercício”, aponta o especialista. Já para garantir que o cérebro possa desempenhar suas funções de maneira eficaz é preciso manter equilibrado o consumo de aminoácidos e das proteínas, que participam da formação dos intermediadores químicos cerebrais responsáveis pelas áreas da emoção, pensamento e memória. “O cérebro consome entre 20 e 30% das reservas energéticas disponíveis no organismo, em função dos milhões de neurônios existentes que são interligados entre si”, diz Ernane Avelar Fonseca. “Podemos repor esse nutriente pela ingestão específica das substâncias, sob a forma injetável ou cápsulas, ou através do consumo de alimentos chamados funcionais, que contêm a substância específica que precisa ser reposta”, finaliza.

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