MATÉRIAS DE CAPA

Edição n°62: O mito das dietas e procedimentos milagrosos

Especialistas explicam sobre como emagrecer com responsabilidade e fugir das falsas promessas

Edição n°62: O mito das dietas e procedimentos milagrosos Dietas da moda até podem fazer com que a pessoa perca peso rapidamente, mas o preço a ser pago pode ser altíssimo
Crédito: BANCO DE IMAGENS

A obesidade é uma doença crônica e complexa, que tende a se agravar com o passar dos anos, caso o paciente não se submeta a um tratamento adequado e contínuo. Segundo a endocrinologista, metabologista e professora da pós-graduação em Nutrição e Obesidade,  Karoline Matias Morais de Medeiros, trata-se de um problema multifatorial, já que são várias as causas implicadas na patogênese da obesidade, dentre elas os hábitos alimentares, o sedentarismo, o uso de algumas medicações e o estilo de vida moderno, no qual as pessoas andam mais ansiosas, estressadas, dormem poucas horas e acabam descontando na comida. Além disso, existe a predisposição genética, pois os genes contribuem em até 40% para a obesidade, alterando os gastos energéticos do organismo, o apetite ou a forma como o organismo processa os nutrientes.

“Uma pessoa está obesa quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é maior ou igual a 30. Além de reduzir a qualidade de vida, a obesidade predispõe a outros problemas de saúde, como diabetes, hipertensão, asma, cirrose, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. Hoje sabemos que os obesos têm duas vezes mais sintomas depressivos e tendem a adotar comportamentos mais retraídos, pois a obesidade e os transtornos de humor estão intimamente interligados. No início, o excesso de peso pode gerar poucos sintomas, mas, em geral, obesos sentem mais dores nas costas ou nas articulações, fadiga, indisposição, roncos noturnos e alterações do sono. Todo médico está apto a diagnosticar o problema, porém, o endocrinologista é o especialista capacitado para prescrever e acompanhar o uso dos medicamentos que auxiliarão na perda de peso. O tratamento inicial é clínico e em casos de falha terapêutica, temos opção cirúrgica”, explica Dra. Karoline de Medeiros.  

Segundo o Relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), intitulado ‘Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe’, mais da metade da população brasileira está com sobrepeso e 20% das pessoas adultas no país estão obesas.  

O relatório mostrou ainda que, em 2010, 17,8% da população era obesa, e em 2014, o índice chegou aos 20%, sendo a maior prevalência entre as mulheres (22,7%). Outro alerta é quanto ao aumento do sobrepeso infantil: estima-se que 7,3% das crianças menores de cinco anos estão acima do peso, sendo as meninas as mais afetadas (7,7%). “A incidência da obesidade vem aumentando progressivamente nos últimos anos no Brasil e no mundo”, afirma a endocrinologista Karoline de Medeiros.

Da mesma forma que crescem os índices de obesidade, também aumenta o número de métodos, fórmulas, procedimentos e dietas conhecidas como milagrosas. “Tão grave quanto não tratar, é tratar de forma incorreta. Tratamentos malucos existem por aí e são muito prejudiciais. A pessoa que não muda o estilo de vida e usa medicações por conta própria tem mais chances de fracassar e o efeito sanfona gera frustração e nervosismo”, complementa a endócrino Karoline de Medeiros.  

 

DIETAS E PROCEDIMENTOS ‘MILAGROSOS’

Segundo a nutricionista Roberta Morgana, as dietas milagrosas, também chamadas de dietas da moda, que prometem perda de peso rápido e sem esforço, sugerem rotinas alimentares inadequadas como a restrição de algum tipo de alimento, seja no tipo ou na qualidade, assim como na quantidade diária ingerida (dietas com baixas calorias). Algumas associam o uso de chás ditos emagrecedores no reforço da conduta, mas não existe milagre quando o assunto é emagrecimento, pois é um processo que leva tempo e envolve mecanismos de adaptações cerebrais, fisiológicas e bioquímicas do metabolismo.  

A nutri Roberta Morgana esclarece que não existem alimentos que, quando consumidos, são os responsáveis pelo emagrecimento, inclusive o profissional nutricionista trabalha com o equilíbrio dos alimentos, seja em sua qualidade, quantidades, como também sua relação com outros alimentos, pois a variabilidade e o sinergismo entre eles podem trazer benefícios medicinais, auxiliando também no emagrecimento.

“Como exemplo, podemos citar as frutas e vegetais que são ricos em fitoquímicos, além das fibras, vitaminas e minerais; as gorduras poli-insaturadas, como azeite de oliva, oleaginosas, abacate, salmão – cujas gorduras são anti-inflamatórias, entre outras funções; a água – muitas pessoas possuem baixa ingesta e assim muitas reações bioquímicas ficam comprometidas, além de distribuição corporal de várias substâncias e excreção de toxinas dentro da fisiologia humana; proteínas na forma de carnes brancas – ovos, leite e derivados que são fontes importantes de aminoácidos no processo de construção e defesa celular, muitos pacientes no processo de perda de peso também perdem massa magra, por isso, é importante consumir proteína nesse processo, e dependendo da quantidade e horário, ela também dá saciedade. A suplementação poderá fazer parte do plano alimentar, também em equilíbrio com os alimentos envolvidos, cada caso é analisado individualmente. Dependendo da situação, podemos usar módulos de proteína na forma de whey ou aminoácidos, alguns tipos de fibras que, além de trabalharem a ansiedade, também irão auxiliar no funcionamento intestinal, probióticos, vitaminas e minerais. Mas, cada caso é único e precisa ser bem indicada a forma de suplementação”, orienta a nutri Roberta Morgana.

O educador físico, nutricionista e graduando em biomedicina, Leone Gonçalves, se lembra de que nos anos 90 o ovo precisou ser quase extinto dos cardápios e, ao diminuir o consumo de alimentos ricos em colesterol, os carboidratos viraram protagonistas da alimentação adulta, mas hoje são eles que viraram os vilões.  

“Desde então, foi travada uma guerra contra o colesterol, enquanto que, atualmente, as musas fitness comem dezenas de ovos por dia e passaram a morrer de medo do pão e do glúten. Afirmar que foi o pão de cada dia que aumentou a obesidade é um discurso simplista, é preciso considerar a individualidade biológica de cada um. Outro absurdo foi a chamada dieta da maçã, prometendo a perda de 5kg em cinco dias, comendo essa fruta em todas as refeições. Depois, surgiu a dieta do alface, que tinha como seguidora a cantora Beyoncé, e que prometia diminuir 6kg em 11 dias. Em 2018, a moda era a dieta da água, que promete perder 3kg em três dias, através de jejum, e nesse período é permitida apenas a ingestão de água, chá ou café. Já ouvi falar até de dieta do algodão, que incentiva as pessoas a comerem algodão para emagrecer”, relata o especialista Leone Gonçalves.  

Vale lembrar ainda, que hoje em dia é comum influenciadores digitais divulgarem, de forma inconsequente, suas próprias dietas mirabolantes para a perda de peso e para a manutenção da boa forma. “Contudo, o que não se dão conta é que cada programa de emagrecimento é específico para cada pessoa e tem a ver com a individualidade biológica e metabólica. Muitas vezes, os seguidores desses influenciadores podem sentir a insatisfação por não conseguirem reproduzir os mesmos resultados, as mesmas orientações e sofrem com os efeitos colaterais causados por essas dietas”, alerta o educador físico e nutricionista Leone Gonçalves.  

 

BARIÁTRICA E MEDICAMENTOS PARA EMAGRECER

Conforme a endocrinologista Karoline de Medeiros, os remédios antiobesidade desempenham um papel importante no tratamento e os inibidores de apetite ajudam na aderência à dieta, pois o paciente passa a sentir menos fome ou menos desejo por alguns alimentos. Dra. Karoline costuma dizer que esses remédios ensinam os pacientes a comerem menos. Já o orlistate, droga que inibe a absorção de gordura, ensina os pacientes a comerem melhor, pois eles percebem seus erros alimentares quando se deparam com a gordura eliminada nas fezes.  

“No entanto, remédio nenhum faz milagres, o tratamento medicamentoso deve sempre estar aliado às mudanças no estilo de vida. Se o paciente não firmar um compromisso em busca de uma vida mais saudável, com alimentação balanceada e atividade física regular, provavelmente não obteremos bons resultados”, reforça a médica.  

Quanto à cirurgia bariátrica, Dra. Karoline se diz a favor quando existe correta indicação. “A cirurgia bariátrica tem seu espaço bem definido e é muito eficaz. Obesos mórbidos ou com outros fatores de risco, como diabetes, hipertensão e apneia do sono devem ser considerados para a cirurgia, na falência do tratamento clínico. Entretanto, muitas pessoas se sentem frustradas por não conseguirem perder peso e buscam formas de serem emagrecidas sem esforço. Por isso, há grande expectativa na cirurgia como solução fácil para o problema. De fato, a maioria das cirurgias são bem sucedidas na perda de peso inicial, o problema surge após os dois primeiros anos da cirurgia, quando o paciente pode voltar a engordar, caso não tenha adotado hábitos de vida saudáveis”, conta a endócrino.  

 

AS CONSEQUÊNCIAS DOS ATALHOS ILUSÓRIOS

Além dos exemplos mostrados anteriormente, existem inúmeras outras dietas da moda que podem até fazer com que a pessoa perca peso rapidamente, mas o preço a ser pago pode ser altíssimo.  

“O risco das dietas está no fato de não serem balanceadas, podendo causar deficiências nutricionais, desregulando ainda mais o metabolismo. Já existem indícios de que algumas dessas dietas podem gerar, inclusive, quadros de distúrbios alimentares”, esclarece a nutri Roberta Morgana.  

Ainda de acordo com o educador físico e nutricionista Leone Gonçalves, dietas muito restritivas, radicais e sem a orientação de um profissional são perigosas para a saúde e para o controle do peso, sem contar que a tendência é voltar a ganhar tudo o que foi perdido, ao retomar os hábitos alimentares anteriores. Em muitos casos, essas dietas radicais podem resultar em complicações como: desnutrição, fraqueza, tonturas, dores de cabeça, mau humor, indisposição, dificuldade de concentração, prejuízos na função cognitiva, desmaios, perda de massa muscular, desidratação, cansaço, aumento de colesterol ruim no sangue, doenças cardiovasculares, entre outras.

“Dietas restritivas costumam abolir leguminosas, leite e derivados, carnes e ovos, proteínas e minerais como ferro, cálcio e zinco, o que pode gerar carências nutricionais importantes, já que todos eles são fundamentais para o adequado funcionamento do organismo. Abolir alimentos ricos em gorduras benéficas ao corpo pode prejudicar as funções reprodutivas, hormonais e até mesmo a formação dos neurônios. A retirada radical de todas as gorduras pode interferir na formação de hormônios e nas vitaminas lipossolúveis, como a vitamina K, importante para a coagulação do sangue”, explica o profissional Leone Gonçalves.  

Segundo ele, o primeiro passo para se curar e finalmente conseguir emagrecer com consciência e saúde, é aprender a reconhecer a origem desses comportamentos. Gonçalves enfatiza que mente e corpo estão sempre influenciando um ao outro a partir de comportamentos, por isso, considera importante unir o trabalho do nutricionista com o tratamento psicológico, para ajudar pessoas que tenham distúrbios alimentares, e também as que estão em processo de reeducação alimentar e emagrecimento.  

“Buscar o apoio desses profissionais ajuda não somente a ter uma dieta adequada, mas a adotar novos hábitos e atravessar o processo devidamente. Quando aliamos, por exemplo, uma terapia cognitivo comportamental com a reeducação alimentar, é possível compreender e modificar o padrão de pensamentos da pessoa sobre si mesma e sua própria alimentação. A maneira como cada indivíduo interpreta sua experiência e seus pensamentos, influencia a resposta emocional e o comportamento”, ressalta Leone Gonçalves.  

 

A OBESIDADE E AS EMOÇÕES

Diante de tudo o que foi abordado até agora, é possível constatar que a obesidade está completamente ligada às questões emocionais. A psicóloga clínica, especialista em saúde focada em emagrecimento, nutrição emocional e comportamental, Daiana Peixé, explica que desde o primeiro minuto de vida, o ser humano tem a necessidade de ser amado e aceito, e depois do colo, o alimento é sempre a segunda maneira de afeto e de sobrevivência que o bebê aprende. Então, inconscientemente, o medo da rejeição e do abandono assombra a maioria das pessoas na idade adulta, e esse medo é suprido por um estoque alimentar. Na verdade, o indivíduo acaba descobrindo uma maneira de manter essa reserva estocada, que é o sobrepeso, e independentemente de qual seja a emoção que está latente, a válvula de escape para esse adulto que trouxe isso desde a infância, será sempre o alimento. Desta forma, quanto mais desiquilibrado estiver o corpo emocional e mental, mais isso vai se refletir no corpo físico da pessoa.  

“O que vejo e percebo nos meus pacientes, são sentimentos de ansiedade, tristeza, baixa autoestima, estresse, tédio, cansaço e esses sentimentos os levam a ter o pensamento do ‘eu mereço comer’, fazendo com que o indivíduo acabe comendo demais ou desenvolva outras compulsões e vícios. A pessoa acaba entrando num círculo vicioso, ou seja, ela não está se sentindo bem, acha que está acima do peso, faz uma dieta restritiva, não consegue seguir ou então ela segue, emagrece e logo já engorda, vem a sensação de frustração e culpa, aí volta o círculo vicioso. Então veja, fazer dieta e exercícios físicos não vai levar a pessoa ao emagrecimento, se antes disso ela não equilibrar suas emoções, porque todos nós temos sabotadores em nosso inconsciente, que atuam de maneira automática. Assim, cada vez que o indivíduo sente uma determinada emoção, é disparado o gatilho do comer compulsivo. Nós temos um sistema de recompensa, que é o nosso sistema dopaminérgico, e ele age sempre de acordo com aquilo que você ensina para ele no decorrer da sua vida. Então, se você ensinou que quando está triste, você come um doce e passa, se quando você está feliz, você come uma pizza e está comemorando, cada vez que você tiver esse tipo de sentimento, ele vai buscar pelas mesmas recompensas, aquelas que já estão no piloto automático, e daí para sair desse círculo é necessário mudar o sistema de recompensa. A primeira maneira de equilibrar as emoções é saber identificar quais delas estão em desequilíbrio, ou seja, saber o que está te angustiando e tratar através das técnicas da psicoterapia, de ressignificação, mudando o manejo das emoções, do sentir, do pensar e, consequentemente, do agir”, explana a psicóloga.  

Quanto ao fato das pessoas buscarem cada vez mais procedimentos e dietas milagrosas, Daiana Peixé esclarece que isso está relacionado ao cenário atual, onde o tempo é restrito e o imediatismo é a palavra de ordem. Como consequência disso, muitas pessoas optam por dietas restritivas, procedimentos cirúrgicos e invasivos.  

“Vejo isso como uma verdadeira mutilação, até mesmo a dieta restritiva, porque a pessoa está se punindo. Quando ela opta por uma restrição alimentar, se submeter a um procedimento cirúrgico, ou até mesmo ‘se acabar’ na academia, isso nunca é da via do prazer, é sempre muito evidente o sentimento de punição, culpa, frustração, incapacidade, está muito claro o desequilíbrio emocional quando a opção é a punição em vez do prazer, por isso o indivíduo fica cada vez mais ansioso, cada vez mais compulsivo, estressado e deprimido. Nesses casos, uma real mudança viria dos hábitos saudáveis, no entanto, eles levam um determinado tempo de construção, não é um efeito mágico. Na internet, vemos os seguintes enunciados: ‘Emagreça 5kg em uma semana, ou em 10 dias”, e o ser humano quer esse imediatismo, ele entende que é perda de tempo construir hábitos saudáveis e não consegue mais arrumar tempo para si próprio, sendo que todo o resto se torna mais importante, como: filho, marido, esposa, casa, trabalho. Por essa razão é que aumenta o número de pessoas fazendo o uso de antidepressivos, porque consideram mais fácil tomar um remédio todos os dias do que parar e olhar para dentro de si mesmas e se reorganizar. Transferir a responsabilidade da felicidade e do bem-estar para um terceiro e se vitimizar, é sempre muito mais fácil. Por esse motivo, cerca de 95% das pessoas que fazem dietas restritivas, sem acompanhamento, voltam a engordar e os pacientes que não mudarem seus hábitos, após três anos de bariátrica, também voltam a engordar”, explana a psicóloga Daiana Peixé.  

 

EMAGRECER COM RESPONSABILIDADE

Para o educador físico, nutricionista e graduando em biomedicina, Leone Gonçalves, o caminho para a perda de peso e uma vida saudável requer determinação e comprometimento, não apenas em transformar os hábitos alimentares, mas também em fazer uma verdadeira mudança de mentalidade, afinal, conforme mencionado anteriormente, o modo de comer está atrelado também aos aspectos emocionais, sociais e culturais.

Segundo Gonçalves, os hábitos diários estão relacionados à disciplina de seguir não apenas um programa de emagrecimento, mas viver uma reeducação alimentar, ser equilibrado, fazer o consumo consciente dos alimentos.  

“Infelizmente, a reeducação alimentar tem sido vista por alguns como apenas uma dieta, promovendo a demonização de determinados alimentos ou da gordura, mas se trata de uma tendência extremista. Essa abordagem paranóica desvia as pessoas do verdadeiro propósito que é a reorganização alimentar e não a tortura e a privação. A melhor das dietas é a sustentável, que possa ser adequada ao seu estilo de vida. Dietas restritivas não são sustentáveis, é impossível viver a vida inteira comendo apenas um tipo de alimento”, diz Leone Gonçalves.  

O especialista ressalta ainda, que o problema é que muitos querem perder peso e ganhar definição muscular com expectativas irreais, se comparando com musas fitness da internet, com percentuais de gordura muito baixos, que não são sustentáveis o ano todo e são atingidos somente por atletas em nível de competição de fisiculturismo.  

“Em alguns casos, esse atletas fazem uso de esteróides, anabolizantes e seguem rotinas de treino e dieta absurdas, ou seja, insustentáveis para pessoas normais que não vivem exclusivamente do fisiculturismo. Logo, para um emagrecimento sustentável, deve-se ter metas e expectativas realistas. Nutrição é algo individualizado, mas existem regras que valem para a maioria, como: não abusar de carboidratos simples, como açúcar refinado e farinha branca, dos fast foods e da comida industrializada. Privilegiar o consumo de frutas, verduras, legumes e de preferência boas fontes de proteína animal e vegetal como ovos e peixes, e não abusar do álcool. Um emagrecimento definitivo passa por hábitos equilibrados, alimentação saudável, exercícios físicos regulares e uma rotina sustentável”, aconselha Leone Gonçalves.

O preparador físico e nutricionista destaca ainda, que não existe fórmula mágica para não voltar a engordar, e também é muito eficaz contar com o auxílio de profissionais durante todo o processo de emagrecimento, que estejam atentos à saúde do paciente de forma geral.  

“Uma equipe multidisciplinar pode ser de grande ajuda, ter além do aconselhamento do nutricionista, um psicólogo e um educador físico. Podem até existir exceções, mas, de forma geral, é muito difícil emagrecer somente praticando exercícios (sem controlar a alimentação), bem como é muito difícil conseguir resultados realmente satisfatórios somente controlando a alimentação (sem praticar exercícios). A alimentação e a prática de exercícios precisam estar relacionadas. Se a pessoa não tem o objetivo de se tornar um atleta, o ideal é encontrar uma atividade física de intensidade moderada que lhe agrade. Seja bicicleta, futebol ou caminhada, o importante é ter disciplina e se comprometer a fazer alguma atividade que possa trazer impactos positivos para o corpo”, finaliza Leone Gonçalves.  

 

FONTES CONSULTADAS

 

Daiana Peixé: Psicóloga Clínica há 10 anos, pós-graduada em saúde e hospitalar. Foco em nutrição emocional e comportamental.  

 

Karoline Matias Morais de Medeiros: Endocrinologista titulada SBEM. Mestrado em ciências da saúde pela UPE. Preceptora da residência de Endocrinologia UFPE. Medical Center Shopping RECIFE.

 

Leone Gonçalves: Educador Físico com licenciatura e bacharelado pela Universidade Leonardo da Vinci. Nutricionista graduado pela Universidade de Salvador (UNIFACS). Graduando em Biomedicina pela Faculdade Maurício de Nassau. Especialista em Nutrição Esportiva pelo Instituto de Pesquisas e Gestão em Saúde (IPGS). Sócio diretor da Leve&Fit. Proprietário da clínica Dr. Leone Gonçalves.  

 

Roberta Morgana: Nutricionista. Graduação em Nutrição pela UFPE

Residência em Nutrição Clínica no Hospital das Clínicas/UFPE pela Secretária de Saúde/PE. Pós-Graduação em Nutrição Esportiva pela Universidade Gama Filho/SP. Pós-Graduanda em Fitoterapia aplicada a prática Multidisciplinar pelo IDE-Redentor/RJ. Pós-Graduanda em Ciência dos Alimentos e Fisiologia Nutricional pela Faculdade Rio Branco/SP.  

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