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Entenda tudo sobre: Novo Coronavírus

Saiba tudo sobre a pandemia e entenda como se prevenir

Entenda tudo sobre: Novo Coronavírus Entenda tudo sobre: Novo Coronavírus
Crédito: BANCO DE IMAGENS

Como todos sabem, o novo coronavírus (COVID-19) rapidamente se propagou pelo mundo, e a principal recomendação de profissionais da saúde e autoridades, para diminuir a contaminação, é o isolamento domiciliar. Esta situação tem gerado medo, ansiedade e preocupação, não apenas com a saúde, mas também com questões de sobrevivência que estão ligadas às áreas econômica e financeira. Sem contar que o vírus ainda está sendo estudado e compreendido pela classe científica, gerando inúmeras incertezas sobre o futuro.

Os números são atualizados a todo o momento pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e centros de controle dos países, mostrando as ocorrências de coronavírus e óbitos em tempo real. Até o fechamento desta edição, já são milhões de casos em todo o mundo, incluindo o Brasil.

Diante deste cenário inédito e desafiador, é fundamental se informar e entender sobre o assunto, para tomar os cuidados de forma correta, sem entrar em pânico e desespero.  

 

1- O QUE É?

De acordo com informações fornecidas pelo Ministério da Saúde, os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937, porém, somente em 1965 o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. Desta forma, coronavírus é uma família composta por vírus que causam infecções respiratórias.

“O novo agente do coronavírus foi descoberto em dezembro de 2019, após casos registrados na China, da doença chamada COVID-19, que também está associada às enfermidades respiratórias”, explica o infectologista Marco Antonio Cyrillo.  

Conforme a infectologista Juliane Gomes de Paula, existem tipos de coronavírus comuns que podem causar um simples resfriado e outros que podem gerar infecções respiratórias mais graves, como pneumonia, por exemplo, podendo levar a óbito. A médica enfatiza que o novo coronavírus pode causar complicações principalmente em pessoas mais velhas ou que tenham alguma doença crônica

 

2 – SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

Dra. Juliane Gomes alerta que os principais sintomas do coronavírus são: febre, cansaço, tosse, dores pelo corpo, mal-estar, congestão nasal, coriza, dor de garganta, dor de cabeça e dificuldade para respirar.  

Ainda a respeito dos sintomas, o Ministério da Saúde chama a atenção para: “Pessoas com desconforto respiratório/dificuldade para respirar OU pressão persistente no tórax OU saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente OU coloração azulada dos lábios ou rosto, o que é chamado de Síndrome Respiratória Aguda Grave”.  

Dr. Cyrillo esclarece que o diagnóstico da doença é clínico, ou seja, por meio da avalição feita por um médico, dos sintomas apresentados que foram definidos de acordo com a OMS. “Além disso, o médico também pode se basear em resultados de exames laboratoriais específicos”, diz.  

De acordo com o Ministério da Saúde, esses exames são: De biologia molecular (RT-PCR em tempo real) que diagnostica tanto a COVID-19, a Influenza ou a presença de Vírus Sincicial Respiratório (VSR). E exame imunológico (teste rápido) que detecta ou não, a presença de anticorpos em amostras coletadas somente após o sétimo dia de início dos sintomas.

 

3 – CAUSAS E PREVENÇÃO  

Quanto às causas, a infectologista Juliane Gomes de Paula lembra que o coronavírus é contagioso e pode ser transmitido por meio de espirro, tosse, gotículas de saliva, catarro, aperto de mão, contato pessoal próximo e contato com objetos e superfícies contaminadas, seguidos de contato com nariz, olhos e boca. Dr. Cyrillo lembra que é possível contaminar outras pessoas, mesmo sem saber que está doente, mas portando o vírus.  

As recomendações do Ministério da Saúde para a prevenção à COVID-19 são as seguintes:

 

• Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%.

• Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos.

• Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

• Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado.

• Mantenha uma distância mínima de cerca de 2m de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.

• Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.

• Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças.

• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.

• Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.

• Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas. Se puder, fique em casa.

• Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar.

• Durma bem e tenha uma alimentação saudável.

• Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de sua residência.

 

4 – TRATAMENTO

A infectologista Juliane Gomes afirma que ainda não existe tratamento específico para o coronavírus, por isso é recomendado repouso, consumo de bastante água e, em alguns casos, é feito uso de medicamentos prescritos por médicos. Também pode ser indicado o uso de umidificador no quarto e banhos quentes. “Ainda não existe remédio ou tratamento específico para o coronavírus, mas existem casos de pessoas que se recuperaram do vírus”, diz a médica.

“Remédios que possam atuar contra o coronavírus e o desenvolvimento de uma vacina estão sendo estudados, mas tudo isso ainda se encontra em andamento”, reforça o infectologista Marco Antonio Cyrillo.

Para quem ficar doente, as orientações do Ministério da Saúde são as seguintes:  

Caso você se sinta doente, com sintomas de gripe, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos e fique em casa por 14 dias. Só procure um hospital de referência se estiver com falta de ar. Em caso de diagnóstico positivo para COVID-19, siga as seguintes recomendações:

 

• Fique em isolamento domiciliar.

• Utilize máscara o tempo todo.

• Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo.

• Depois de usar o banheiro, nunca deixe de lavar as mãos com água e sabão e sempre limpe vaso, pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária para desinfecção do ambiente.

• Separe toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos apenas para seu uso.

• O lixo produzido precisa ser separado e descartado.

• Sofás e cadeiras também não podem ser compartilhados e precisam ser limpos frequentemente com água sanitária ou álcool 70%.

• Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária.

 

Caso o paciente não more sozinho, os demais moradores da casa devem dormir em outro cômodo, longe da pessoa infectada, seguindo também as seguintes recomendações:

 

• Manter a distância mínima de 1m entre o paciente e os demais moradores.

• Limpe os móveis da casa frequentemente com água sanitária ou álcool 70%.

• Se uma pessoa da casa tiver diagnóstico positivo, todos os moradores ficam em isolamento por 14 dias também.

• Caso outro familiar da casa também inicie os sintomas leves, ele deve reiniciar o isolamento de 14 dias. Se os sintomas forem graves, como dificuldade para respirar, ele deve procurar orientação médica.

 

5- ALIMENTAÇÃO E SUPLEMENTOS

Segundo a nutricionista Karla Maciel, a alimentação não é um fator preventivo para contrair o coronavírus (COVID-19), contudo, ela tem papel fundamental no reforço das defesas imunológicas, a fim de evitar a progressão dos sintomas e do quadro clínico da pessoa com o vírus. Uma vez infectado, o indivíduo necessita de um aporte redobrado de alimentos que favorecem a imunidade, especialmente para o público de risco: idosos e pessoas com doenças crônicas que possuem um comprometimento imunológico.

Sendo assim, a alimentação atua como um fator indireto no controle da doença, pois alguns alimentos possuem nutrientes capazes de fortalecer o sistema imune e auxiliar as pessoas a combater o vírus e evitar a progressão dos sintomas.  

“Não há alimentos específicos que precisem ser evitados por pacientes acometidos por coronavírus, é indicado que essas pessoas tenham uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras, legumes e tubérculos para aumentar a imunidade. Além disso, recomenda-se que essas verduras e legumes sejam lavados adequadamente antes do consumo, a fim de evitar contaminação e intoxicação alimentar, prejudicando ainda mais o sistema imunológico”, orienta a nutri.

A seguir, a nutricionista Karla Maciel mencionou alguns alimentos com nutrientes imunomoduladores e que devem ser consumidos neste caso:

 

• Alimentos ricos em ácido fólico: Vegetais verdes escuros (couve, brócolis, escarola e almeirão), leguminosas; oleaginosas; ovos – eles ajudam na produção de glóbulos brancos, essenciais para a defesa do organismo, principalmente em pacientes que apresentarem o coronavírus.

 

• Alimentos ricos em vitamina C: Frutas cítricas (abacaxi, laranja, kiwi, acerola), pimentão, agrião, tomate, rúcula, brócolis, couve. Essa vitamina faz aumentar a produção dos glóbulos brancos que irão atuar na defesa contra o vírus, especialmente para os idosos acometidos por essa enfermidade, assim como pessoas com doenças crônicas.

 

• Alimentos ricos em vitamina E: Óleo de gérmen de trigo, milho e soja, semente de girassol, amêndoas. A vitamina favorece a função imune e reduz os danos celulares causados pelos radicais livres.

 

• Alimentos ricos em vitamina A: Óleos de peixes, frutas e vegetais que possuem carotenoides precursores da vitamina A (manga, mamão, abóbora, tomate).

 

• Alimentos ricos em vitamina D: Cogumelos e gema de ovo. Essa vitamina interage com o sistema imunológico, já que há expressão do receptor de vitamina D em uma variedade de tecidos corporais.

 

• Alimentos ricos em zinco: Laticínios, frutose e cereais. Segundo a OMS, pessoas que não consomem quantidades suficientes de zinco possuem mais chances de sofrer com ação de agentes infecciosos.

 

• Alimentos ricos em selênio: Castanha-do-brasil, semente de girassol, farelo de trigo, alho cru, cogumelo, amêndoa e avelã.  

 

“Em caso de ausência de nutrientes e com orientação de profissional capacitado, os suplementos alimentares são indicados e podem ser benéficos para ajudar no aumento das defesas corporais. Suplementos polivitamínicos contendo ferro, zinco, vitaminas A, C, D e E são os mais indicados nesse sentido”, diz a nutri Karla Maciel.  

 

6 – EXERCÍCIOS FÍSICOS

Não é de hoje que se fala sobre as vantagens que a prática regular de atividades físicas traz à saúde corporal, emocional e mental, além de sua importância na prevenção e no tratamento de diversas doenças. No entanto, o educador físico Gabriel Ferreira salienta que cada caso é um caso.  

“Pesquisas apontam que atividades físicas melhoram o sistema imunológico e previnem diversas enfermidades, porém, se o coronavírus (COVID-19) já foi contraído, o melhor caminho é manter-se em repouso. A história de ‘suar para mandar a doença embora’ é mais prejudicial do que benéfica”, alerta o profissional.  

Segundo Gabriel, ao se exercitar, o corpo libera endorfina, o que vai gerar uma sensação de melhora momentânea e as células de defesa que deveriam combater o vírus, podem ser direcionadas para tratar as microlesões geradas na musculatura esquelética, deixando o corpo mais frágil contra o vírus. Então, fazer exercícios físicos não vai auxiliar no tratamento, podendo até agravar a situação do portador de coronavírus.  

“Como os sintomas do coronavírus são muito semelhantes aos da gripe, o Ministério da Saúde orienta a ficar em casa quando estiver doente para evitar a transmissão do vírus, e caso esses sintomas sejam fortes, procurar um médico”, conclui o personal trainer Gabriel Ferreira.  

 

FONTES CONSULTADAS:

 

Gabriel Ferreira: Educador Físico. Pós-graduando em Docência para o ensino superior e professor da Academia InMove.

 

Juliane Gomes de Paula: Infectologista do HSANP.  

 

Karla Maciel: Nutricionista - CRN 46500. Pós-graduada em Nutrição Clínica com base Ortomolecular. Coordenadora do departamento científico da E4 Agência.

 

Marcos Antônio Cyrillo: Infectologista. Diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia e Diretor Clínico do Hospital IGESP.  

 

Portal do Ministério da Saúde: coronavirus.saude.gov.br

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