Ela é loirinha, tem um rostinho angelical, formas longilíneas, delicadas e femininas, mas não se engane: a assistente de palco do Caldeirão do Huck tem uma rotina de exercícios pesada que mescla Muay Thai, tecido acrobático, musculação e é fiel consumidora de suplementos alimentares. Tudo isso para manter em forma a silhueta que a fez conquistar um lugar na telinha aos sábados O visual sarado e musculoso se tornou uma tendência não só entre a ala masculina. Cada dia mais mulheres buscam treinos com muita sobrecarga, que têm como resultado a hipertrofia. Mas nessa corrida pela beleza, há ainda quem valorize um corpo mais sequinho, porém sem deixar a definição de lado. Mandando embora o mito de que a suplementação está necessariamente ligada ao primeiro padrão de beleza, trazemos em nossas páginas a modelo Karen Kounrouzan, que prova: para ter um visual assim é preciso sim muita malhação, dieta adequada e muita, muita suplementação. Dona de uma beleza natural com mais curvas do que músculos, Karen, que tem 61kg muito bem distribuídos em 1,75m, diz não ter a intenção de seguir o padrão que vem sendo adotado pela maioria das mulheres frequentadoras de academias. “
Como tenho esse biotipo, acho bonito uma mulher alta, magra, bem definida, mais longilínea”, diz. Sem levantar nenhuma bandeira em prol deste ou daquele padrão de beleza, nem entrar na discussão sobre qual é a preferência masculina, a moça dá um show de personalidade e mostra que para ela o que conta mesmo é estar bem consigo mesma. “Não sou contra mulheres res mais fortes, nada disso! Acho que cada um tem um tipo de beleza. Eu não gostaria de ter um corpo muito forte, mas é o meu gosto”, pontua. “Acho que o que vale mesmo é estar de bem com a gente. Não adianta ficar mais forte para agradar os outros”.
Quem vê Karen Kounrouzan não consegue nem de longe imaginar o estrago que ela pode fazer com alguns socos, chutes ou joelhadas. Tão pouco saberia de cara que ela consegue manter-se pendurada em uma fita, a uma altura de até cinco metros, usando a força que tem nas pernas, abdômen e braços. É que na hora de escolher a lista de atividades físicas para manter a cintura finíssima, a silhueta longilínea e o bumbum empinado – pasmem, sem celulite! a bela de sorriso fácil, que dá as caras na telinha todo sábado como assistente de palco do programa Caldeirão do Huck - busca mais do que condicionamento físico e tônus muscular. Para ela, o mais importante é a satisfação que colocar o corpo em movimento traz e os desafios que as atividades podem oferecer. “Busco atividades que me dão prazer”, aponta. Ainda de acordo com a loira seria difícil manter uma rotina tão intensa se as atividades praticadas não gerassem bem-estar. Do tipo que adora apetrechos cor de rosa – da bolsa da academia ao roupão utilizado durante a sessão de fotos para a revista – ela não tem frescura mesmo! Se junta à torcida na “geral” para assistir e gritar pelo seu time de coração em uma final de campeonato, e não perdeu o bom humor nem ao enfrentar um frio danado posando de biquíni, no inverno, para nossa produção. Levou esse jeito moleca e mulher também para academia e decidiu investir em modalidades aparentemente opostas: Muay Thai, tecido acrobático e musculação. “Quando você trabalha com o corpo é preciso levar a preparação física a sério. Antes eu já frequentava a academia, mas fazia de uma forma despojada. Agora não! Vou cinco vezes por semana, sou regrada com minha alimentação e abro só algumas exceções”, revela.
ENTRANDO EM FORMA COM PRAZER
Entre as modalidades praticadas pela loira, a luta veio primeiro. Mesmo sem ter a menor intenção de subir por hobbie, porque gosto mesmo. O Muay Thai é um exercício legal porque trabalha todo o corpo! Você trabalha com chute, com soco e a preparação física é muito forte”, diz. E o professor Luciano Basile confirma! A aula que a coleguinha encara todas as terças e quintas-feiras durante duas horas, promove um gasto energético que varia de 500 a 600 calorias. “É uma modalidade que exige explosão muscular constante e mantém a frequência cardíaca alta”, diz o professor de Karen. A luta, de origem tailandesa, é baseada na movimentação de pernas e pés e reúne golpes que podem atingir membros inferiores, o tronco e a cabeça do adversário. “Por causa dos chutes e socos ela traz tônus muscular aos braços, pernas e glúteos. Os movimentos giratórios para golpear trabalham o abdômen e a necessidade de manter a guarda protegida melhora também a postura”, lista os benefícios. Além da técnica da luta propriamente, a aula de Karen inclui aquecimento com trabalhos aeróbicos como pular corda, step, jump, exercícios funcionais de fortalecimento com elástico e pesos, e o momento do ringue no qual aplica os golpes no professor. “É o que eu mais gosto! Além de tudo é uma boa terapia para quando estou estressada”. Coordenação motora, equilíbrio, agilidade e flexibilidade são as habilidades apontadas por Luciano como itens mais trabalhados no esporte. Estes mesmos itens poderiam estar também na explicação de Marcelo Costa, que é professor da outra modalidade que encanta Karen: o tecido acrobático.
De origem circense, a técnica exercita ainda um outro lado da moça. “No tecido você pode criar uma personagem, pode interpretar, é algo mais artístico, é bonito”, diz. A paixão da coleguinha pela aula, que desafia as leis da gravidade, começou assistindo a prática de uma amiga e já dura cerca de um ano. “Eu assistia minha amiga fazendo a aula e achava lindo. Resolvi tentar e me encantei”, conta. Todas as segundas, quartas e sextas-feiras, a loirinha encara as subidas e descidas em um tecido de 5m preso ao teto. “São trinta minutos de alongamento e mais uma hora de aula. Nossa turma não é grande, revezamos entre cinco, no máximo sete alunas. Então todo mundo consegue subir no tecido, fazer um truque, descer e descansar um pouco”, revela. E quem pensa que o maior trabalho promovido pela modalidade é a força nos braços se engana, conforme explica Marcelo Costa. “Costumo dizer que o ser humano tem um instinto de tentar subir utilizando os braços. Nossas pernas são mais fortes que nossos braços, então na aula trabalhamos para que a pessoa tenha a técnica de subir e não a força bruta”, diz. “O resultado é um trabalho muito mais intenso nas pernas e abdômen do que nos braços propriamente”. A consciência corporal é um outro ganho apontado pelo professor. “Em algumas modalidades, como a musculação, por exemplo, o corpo trabalha músculos isoladamente. No tecido é preciso trabalhar todo o corpo o tempo inteiro”. A musculação também entra na lista de atividades da coleguinha. “
Ela é fundamental para manter a definição corporal que tenho hoje”, acredita. Orientada pelo personal trainer Jônatas Matos, alterna os treinos de membros inferiores e superiores sempre com intervalos de dois dias de descanso para cada grupo muscular. “Se ela fez perna na segunda ela só volta a este grupo na quinta”, detalha Matos. “A musculação para ela tem a finalidade de manter o tônus, a qualidade muscular e a definição. Então ela não trabalha com sobrecargas muito elevadas. Em todos os exercícios ela alcança uma fadiga, mas não é extrema”, resume. Para os membros inferiores, Karen realiza séries com cinco ou seis exercícios. “Como em alguns dias ela chega do Muay Thai direto para o treino, tento fazer as adaptações para que ela possa executar todos os movimento perfeitamente”, explica. Para os membros superiores, Jonatas lança mão de exercícios em bi séries – quando os aparelhos estão próximos e o exercício é realizado em revezamento, com intervalo mínimo - uma estratégia para dar dinamismo e agilidade ao treino. Ao todo quatro bi séries são praticadas nos treinos da assistente de palco. “Em média o treino dela sofre mudanças entre seis ou oito semanas, para trazer novos estímulos para os músculos e, mais ainda, para trazer motivação”, explica. O que se mantém nos treinos são as cargas não muito elevadas, amplitude máxima de movimentos de cada articulação, execução correta e consciência do movimento.
SUPLEMENTAÇÃO
Mesmo sem o objetivo de fazer o tipo saradona, Karen também se rendeu aos suplementos e chega a consumir mais de nove tipos diferentes de fórmulas que têm como objetivo manter o pique sem perder a massa e definição corporal. As recomendações dos produtos que consome foram realizadas pela equipe técnica da marca que patrocina a loira e visam: garantir as proteínas necessárias para a construção muscular, manter o nível de energia para os treinos, garantir as vitaminas que estão de fora da alimentação e atuar na recuperação muscular da coleguinha. Para isso, ela consome diariamente whey protein isolada, caseína, multivitamínico, óleo de peixe, carboidrato, cafeína, BCAA, waxi maize e ZMA. “Em dias de gravação ou quando preciso ficar no aeroporto e não vou conseguir fazer uma alimentação saudável, recorro ainda aos sachês substitutos de refeição”,revela. Para Karen, as diferenças são muitas entre o período que começou a suplementar e o atual. “Tenho muito mais definição corporal do que antes, força para malhar, pique, rendimento nos treinos”, ressalta a loira. O tempo de permanência da assistente de palco na academia da de palco confirma sua fala. São três horas e meia por dia em atividades de alto desgaste. “Antes eu ficava bem menos tempo na academia, me cansava com mais facilidade. Não levava tão a sério”.
AVENTUREIRA
O ritmo acelerado de Karen e a ausência de medo - mesmo para realizar matérias como uma entrevista durante um salto de pára-quedas - renderam à loira um quadro ligado a aventuras site: www.caldeiraodohuck.globo.com no qual os telespectadores podem sugerir que desafio ela deve encarar através das redes sociais com a hashtag #aventurasdakarenzita. “Eu adoro esportes radicais, adoro aventura!”. Entra em cena mais uma vez o prazer, citado no início da matéria. É isso que ajuda Karen na escolha das atividades que ela vai realizar para manter a boa forma e essa é a recomendação dela para quem também deseja buscar um corpo mais saudável dentro de qualquer biotipo. Com seu exemplo, a loirinha mostra que atividade física e alimentação saudável – ao contrário do que pode imaginar a maioria – são escolhas que podem ser desvinculadas à imagem do sacrifício.
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