O ser humano parece algumas vezes esperar que determinados nutrientes tenham um certo “poder mágico” de proporcionar melhoras fantásticas de desempenho físico. Essa crença persiste até os dias de hoje no esporte e tem sua origem na antiguidade, onde através da literatura sabemos que já haviam certas expectativas investidas na dieta dos atletas. Os atletas da antiguidade Os atletas gregos e romanos mantinham uma dieta vegetariana e usavam o vinho como “bebida esportiva”.
Por volta do ano 500 antes de Cristo, havia o hábito dos atletas ingerirem fígado de veado para melhorar a velocidade e coração de leão para ganhar bravura e força. Existe também um relato curioso na literatura científica que considera que a primeira dieta de um atleta que foi efetivamente descrita, diz respeito à Milo de Croton na Grécia Antiga que teria uma dieta capaz de proporcionar-lhe uma força legendária. Segundo os relatos o tal atleta ingeria diariamente 9kg de pão e 8,5 litros de vinho!? A dieta esportiva no século XX É interessante ou talvez decepcionante, relatar que as bebidas alcoólicas eram vistas como bebidas esportivas na antiguidade.
Mais decepção ainda encontramos ao detectar que em pleno século XX, por volta de 1908, era costume dos corredores de maratona ingerirem conhaque para obter mais energia. Certamente os conceitos de nutrição esportiva evoluíram bastante, e felizmente hoje já não encontramos tantas barbaridades como se tinha notícia. Entretanto, os modismos e as falsas crenças continuam a existir. Ainda continua sendo difícil para grande número de praticantes de exercício aceitar que uma alimentação natural e balanceada ainda é a melhor dieta para o praticante de exercícios.
A pirâmide alimentar Em 1992 foi publicado no meio cientifico o “Guia da Pirâmide Alimentar”, que é uma maneira prática e objetiva de orientar uma alimentação natural, adequada e balanceada. A principal ênfase é enfatizar carboidratos, frutas e vegetais. Resumidamente a pirâmide alimentar sugere a seguinte dieta habitual:
1. Grupo de pães, cereais, arroz, e massas: 6 a 11 porções
2. Grupo dos vegetais: 3 a 5 porções
3. Grupo das frutas: 2 a 4 porções
4. Grupo das carnes, aves, peixes, ovos e feijão: 2 a 3 porções
5. Grupo dos lacticínios, leite, iogurte e queijo: 2 a 3 porções
6. Grupo dos alimentos a serem ingeridos esporadicamente: gorduras, óleos e açúcares. Portanto, uma dieta balanceada é aquela que respeita quantitativamente estas proporções de alimentos. Com este hábito alimentar todas nossas necessidades nutricionais são satisfeitas.
Milagres continuam a não existir em termos de nutrição, ou será que de repente alguém vai indicar perna de rã para os atletas de salto em distância ou pulmão de camelo para os atletas de resistência?
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