Os sais minerais são de grande importância para a manutenção da saúde e para a melhora do desempenho atlético. Ao todo, cerca de 20 minerais são necessários - em doses adequadas - para manter o bom funcionamento de tecidos e células. Alguns desses elementos são absorvidos em doses pequenas (microgramas) ao passo que outros necessitam de doses maiores (miligramas e gramas) para serem totalmente absorvidos. Em 1959, o cromo (PM52g/mol) foi identificado como elemento que potencializa a ação do hormônio insulina. Este mineral existe em diversas formas, das quais as mais comuns são Os benefícios do Picolinato de Cromo na prática de exercícios a hexavalente e a trivalente. A primeira é altamente tóxica e oxidante e, em caso de contato com a pele, pode ocasionar irritação local e até mesmo corrosão. Gerada como subproduto da produção de aço inoxidável e compostos químicos é a forma que não nos interessa. Já o cromo trivalente é mais estável e pode ser encontrado em plantas em pequenas quantidades. Os grãos e cereais contêm maiores concentrações do que as frutas ou vegetais e o levedo de cerveja é considerado a melhor fonte de cromo entre os alimentos. Este mineral é essencial na manutenção dos níveis de açúcar no sangue e no transporte do mesmo até as células musculares para o metabolismo.
O cromo demonstrou, em diversos estudos, ser eficaz na redução dos níveis de colesterol total e no aumento do HDL (High-Density Lipoprotein), o bom colesterol. A nutrição do brasileiro carece de cromo (e vários outros minerais) devido ao fato de nossos solos de cultivo nunca terem sofrido correção. Além disso, o aumento do consumo de alimentos altamente refinados e processados é um dos fatores que contribui para que o Brasil ocupe uma vergonhosa posição no ranking mundial dos países com maior incidência de diabetes.
Um mal a ser evitado
O cromo é um suplemento largamente vendido nos EUA, ficando atrás apenas do cálcio, e a forma mais procurada é o Picolinato de Cromo. Sua utilização por atletas, de competição ou não, se dá pelo fato destes desejarem evitar a Resistência à Insulina, um fator negativo ao crescimento muscular do atleta, pois os músculos se tornam menos sensitivos aos efeitos do hormônio insulina e também mais resistentes ao mesmo. A insulina é de grande importância para drenar aminoácidos, carboidratos e substâncias como creatina para dentro da célula muscular. Este hormônio liga-se a receptores localizados na superfície das células musculares . Por outro lado, um hormônio — inimigo dos atletas — o cortisol, alta mente catabólico, atua nestes receptores tornando-os menos responsivos a ligação da insulina com estes. O resultado disso é uma tragédia para o atleta que busca otimização máxima de ganhos musculares com o mínimo de gordura corporal.
Podemos citar três “tragédias” para que você leitor possa tomar conhecimento de alguns males que a Resistência à Insulina pode causar-lhe:
1. Você toma sua dose de creatina após sua sessão de treino. Ótimo, mas ela não chegará onde você deseja!
2. Você ingeriu uma boa dose de carboidratos como a dextrose e maltodextrina a fim de auxiliar a drenagem de aminoácidos e nutrientes para dentro da célula e com efeito poupador de proteína. Ótimo, mas eles não serão corretamente utilizados!
3. A síntese de proteínas que você espera ocorrer e ser perfeitamente orquestrada no citoplasma de suas células... talvez nem chegue a ocorrer!
Que tragédia! Seu crescimento muscular é limitado e você ainda corre o risco de sofrer um evento catabólico após o treinamento, ao invés de anabolizar por completo! Mas o pior é que a produção excessiva de insulina pode levar você a um ganho excessivo de gordura e como tudo o que está ruim pode piorar, você ainda pode desenvolver Diabetes tipo II e para isto basta que você consuma excesso de carboidratos de má qualidade combinados com muita gordura (fisiculturistas em épocas fora de competição devem ter cuidado nesta fase).Isso acarretará fatidicamente na redução da afinidade dos receptores de insulina nas membranas celulares, porém, nos adipócitos, suas células de gordura, a “amizade” continua e seu pâncreas, numa tentativa heróica de tentar compensar a queda na eficiência desse hormônio e sua atuação nos tecidos alvo (exceto o adiposo!) passa a secretar maiores quantidades de insulina e este aumento favorece unilateralmente uma melhor assimilação da glicose sangüínea pelos adipócitos em detrimento dos demais tecidos. A glicemia eleva-se — uma conseqüência direta da deficiência de assimilação desse açúcar pelas células — e isso acaba resultando num aumento de oferta de glicose para as... Adivinhe! Malditas células adiposas! Como você pode perceber envolve use em uma bola de neve criada pela Resistência à Insulina e está descendo ladeira abaixo sem controle em direção ao fracasso físico.
Como amenizar esse quadro?
O cromo é parte do Fator de Tolerância à Glicose (GTF), uma substância biologicamente ativa fabricada em nosso organismo que regula o metabolismo do açúcar. Acredita-se que o GTF seja uma combinação de cromo + niacina e diversos aminoácidos, mas a estrutura do GTF ainda não está claramente caracterizada. O GTF, material produzido por seu corpo é uma forma muito mais ativa do que a forma GTF sintética encontrada em suplementos de cromo. O uso deste suplemento causa uma melhor captação da glicose, melhor circulação sangüínea e manutenção dos níveis de açúcar no sangue. Não há até o momento uma comprovação científica de que este suplemento aumente a massa muscular e reduza a gordura corporal, mas o fato é que atletas de fisiculturismo que fazem uso deste suplemento , conseguem impedir com grande maestria o surgimento do mal da Resistência à Insulina, evitando assim danos ao físico em fases de pré-competição.
Dosagens Recomendadas
A grande maioria das literaturas sugere doses de 50-300mcg em uma dieta de 2000 calorias. Seguindo este protocolo, o uso de cromo não é tóxico ao organismo humano. Atletas de competição (fisiculturismo profissional) chegam a utilizar até 200mcg a cada refeição diariamente.
Os atletas que treino atualmente utilizam várias doses ao longo do dia e mesmo em fase fora de competição conseguem manter seus físicos com ótima definição e marcação muscular.
Sugestão de Uso:
Para atletas de competição
Antes do café da manhã: 200mcg Antes do Treino: 200mcg — isso auxiliará o seu pico de insulina pós treino e garantirá uma melhor drenagem de substâncias anabólicas para dentro de suas células musculares. Antes do lanche meio da tarde ou manhã: 200mcg. Juntamente com o jantar: 200mcg.
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