SUPLEMENTOS

Absorção dos suplementos sublinguais

Entenda de que maneira funcionam os suplementos que devem ser administrados pela mucosa da boca e por que estes produtos podem ser absorvidos mais rapidamente

Absorção dos suplementos sublinguais

Entenda de que maneira funcionam os suplementos que devem ser administrados pela mucosa da boca e por que estes produtos podem ser absorvidos mais rapidamente pelo organismo e gerar resultados em um curto espaço de tempo

A utilização de suplementos implica a introdução de uma substancia no corpo (administração), para que chegue até a corrente sanguínea (absorção) e seja transportada ate onde e necessária (distribuição). A substancia deixa o corpo (eliminação) pela urina ou pela conversão em outra substancia.

A administração oral e, em geral, a mais conveniente, segura e barata e, portanto, a mais comum. Contudo, a via oral tem suas limitações. Muitos fatores, como interações com outros medicamentos e com a alimentação, afetam a forma de absorção dos nutrientes depois de sua ingestão oral. Assim, alguns produtos apenas devem ser tomados com o estomago vazio, enquanto outros devem ser ingeridos com o alimento ou simplesmente não podem ser tomados por via oral.

Na administração por via oral, os suplementos são absorvidos pelo trato gastrintestinal. Já na administração sublingual a absorção ocorre diretamente a partir da cavidade oral, desde que exista a necessidade de resposta rápida, ou quando a substancia e instável no pH gástrico ou e rapidamente biotransformado pelo fígado. As substancias absorvidas pela boca passam diretamente para a circulação sistêmica sem penetrar no sistema porta (a circulação venosa e ligada a veia jugular não passando inicialmente pelo fígado). A absorção pela mucosa bucal e facilitada devido a rica vascularização e a existência de epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (tecido composto por mais de uma camada de células e que tem como característica a ultima camada de proteção formada de queratina) principalmente na região sublingual, base da língua, e, parede interna da bochecha.

Alguns suplementos ou fármacos são colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos ali situados. A via sublingual apresenta uma absorção rápida e o medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através da parede intestinal e pelo fígado. As mucosas situadas na região sublingual são altamente vascularizadas por capilares sanguíneos, motivo pelo qual sua absorção e altamente eficaz. Em comparação com a via oral, sua absorção se da de uma forma muito mais rápida, devido ao contato quase que direto com os capilares sanguíneos situados nessa região.

Para serem absorvidos pela mucosa sublingual, não basta apenas aplicar o produto desta forma, tendo os ingredientes que estar em um tamanho molecular, estrutura física e afinidade isoelétrica, compatíveis com as membranas celulares desta região com riscos consideráveis. Os ingredientes devem estar biodisponíveis para poderem ser rapidamente absorvidos pela mucosa sublingual, atingindo níveis plasmáticos sem passar pelo trato digestivo, que pode inativar a função dos fatores de crescimento, estando bioativos para exercerem rapidamente sua função, sem necessitar de novo processo metabólico, mesmo em estado de repouso e durante o sono. Para que os nutrientes apresentem essa boa biodisponibilidade, os ingredientes são submetidos a um processo denominado micronização e microfiltragem, fazendo com que cada componente esteja distribuído em minúsculas partículas, cuja estrutura molecular e afinidade iônica permitem que sejam absorvidos rapidamente por um mecanismo denominado difusão tecidual. As pequenas partículas resultantes desse processo asseguram alta biodisponibilidade e perfeita aceitação farmacocinética por parte da mucosa sublingual.

Dessa forma, a cada dia, fora do pais e aqui mesmo no Brasil, surgem novos produtos com apresentação na forma de spray sublingual, potencializando o efeito de substancias tais como os mais popularmente empregados nesses produtos: os precursores de GH os fatores de crescimento IGF-1 e testosterona.

 

MÔNICA ANTUNES FORTE Nutricionista Pós –graduada em Bioquímica, Fisiologia, Treinamento e Nutrição Desportiva pela LABEX/ UNICAMP

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