"Se considerarmos a dengue hemorrágica, quando há aumento do volume de sangramento causado pela diminuição da coagulabilidade do sangue, a mulher menstruada pode ter aumento do fluxo menstrual", explica o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli.
Porém, o especialista alerta: maiores fluxos menstruais não são certeza de dengue hemorrágica. "O aumento do fluxo menstrual não pode ser atribuído à dengue, pois é preciso considerar os outros sintomas".
A dengue clássica se manifesta por febre alta e súbita acima dos 40º C, fortes dores de cabeça, manchas vermelhas na pele (muito semelhantes ao sarampo), náuseas e vômito, cansaço, dor nos ossos e articulações, falta de apetite e dor atrás dos olhos.
Na dengue hemorrágica, além do vômito, estão presentes: dificuldade de respiração, perda de consciência, confusão mental, agitação, insônia, sangramento (boca, gengiva e nariz), boca seca, sede, pulso fraco, dores abdominais contínuas e pele pálida, fria e úmida.
Neste mês, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, confirmou que o Brasil vive uma epidemia de dengue, com um novo caso a cada cinco minutos. No total, até 18 de abril, 745 mil pessoas já haviam sido infectadas; 401 mil só no Estado de São Paulo.
SOBRE DOMINGOS MANTELLI
Domingos Mantelli é ginecologista e obstetra formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição.
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