Em um trabalho publicado em uma das principais revistas do mundo da área de musculação, os autores citam que as causas dessa dor tardia não estão totalmente definidas, mas pode ser através da ação de substâncias que transmitem os sinais químicos de dor para o sistema nervoso central. Entretanto, na prática essa dor é correlacionada com as microlesões provocadas com o treinamento. Por isso algumas pessoas acreditam que essa dor pode ser importante para quem treina, especialmente pela correlação dessas microlesões com o aumento da massa muscular.
Entretanto, existe controvérsia na literatura científica quanto à correlação dessa dor tardia com o dano muscular, pois, enquanto alguns estudos observaram correlação, outros não observam correlação da dor tardia com a hipertofia. Outro ponto importante é a alta variabilidade entre indivíduos: alguns indivíduos parecem ser mais susceptíveis a DMIT do que outros, mesmo quando falamos de atletas do mesmo nível (como levantadores de pesos experientes).
Em resumo, a dor tardia pode ser um indicativo interessante no que diz respeito a adaptação muscular. Entretanto, a “ausência” dessa dor não significa que aquele treino não provocou adaptações positivas, assim como a “presença” de dor tardia não significa que irá ocorrer hipertrofia.
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