O progresso no tratamento do câncer infanto-juvenil tem sido significativo nas últimas quatro décadas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos pela doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Esses pacientes jovens que teriam a fertilidade comprometida pelos tratamentos como rádio e quimioterapia, têm a possibilidade de manter as chances de gravidez futura.
“Os pais desempenham papel importante na discussão da fertilidade futura das crianças diagnosticadas com câncer. Na maioria das vezes, eles focam tanto na cura e tratamento imediato, que acabam deixando de lado essa questão, que só terá consequência no futuro. Há também aqueles que não se sentem confortáveis em discutir reprodução com seus filhos, e cabe ao médico orientá-los sobre como proceder nesses casos”, explica o diretor clínico da Pró-Criar Medicina Reprodutiva, Dr. Ricardo Marinho.
A Oncofertilidade é uma área multidisciplinar da Ciência que estuda e se preocupa com a fertilidade de pacientes com câncer, integrando as áreas de Oncologia e Reprodução Humana. Em meninos pode ser feito o congelamento (criopreservação) dos espermatozoides ou a proteção dos testículos da radiação durante o tratamento. Em meninas, as opções incluem a proteção pélvica durante a radioterapia, a criopreservação de óvulos ou de fragmentos de tecido ovariano, sendo que este último procedimento ainda é considerado experimental.
O oncologista pode indicar um especialista em fertilidade para discutir as opções existentes, caso entenda que o tratamento proposto possa levar a prejuízo da fertilidade do seu paciente.
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