Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, um em cada quatro brasileiros é hipertenso. Além disso, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, até 2025 o número de hipertensos nos países em desenvolvimento, como o Brasil, deverá crescer 80%.
A hipertensão, portanto, deve ser colocada em primeiro plano no quadro de saúde, pois trata-se de uma doença crônica que resulta em complicações em órgãos vitais como coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos, muitas vezes fatais. José Artur da Silva Emim, docente e coordenador do curso de graduação em Farmácia da Universidade Cruzeiro do Sul, reforça que “a hipertensão arterial é uma doença silenciosa, muitas vezes subestimada pela população. Dessa forma, a hipertensão arterial não controlada é considerada, atualmente, um dos principais fatores de doenças cardiovasculares e um grave problema de saúde pública”.
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Como a pressão arterial elevada é sustentada, vários exames são necessários para a caracterização do quadro. “Além disso, é importante ressaltar que a Hipertensão tem alta prevalência e baixas taxas de controle, pois uma parte significativa dos hipertensos em tratamento não têm seus níveis tensionais controlados por problemas envolvendo, fundamentalmente, a utilização inadequada de medicamentos anti-hipertensivos”, completa professor Emim.
Um dos pontos de atenção no tratamento da Hipertensão é o medicamento. Ainda segundo Emim, é fundamental que seja determinada a severidade e os fatores de risco associados à doença: “os objetivos terapêuticos não devem se limitar apenas à redução dos níveis de pressão com a utilização de medicamentos, mas também ao controle e redução dos fatores de risco colaterais, como a hipercolesterolemia, diabetes, obesidade, entre outros”.
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