O diabetes é caracterizado pela deficiência da produção ou da ação de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. Quando isso acontece, é causado um aumento da glicose (açúcar) no sangue. Por conta da semana nacional do diabetes, conversamos com a Dra. Ana Paula Cavalcante Normando, endocrinologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, para saber mais sobre essa doença:
- São várias as diferenças entre os tipos de diabetes, apesar deles terem quase as mesmas manifestações clínicas. O diabetes tipo 1 acomete mais crianças e adolescentes e ocorre quando há destruição autoimune das células produtoras de insulina. “O tratamento para esse tipo é feito somente com a reposição de insulina e o comprometimento genético também é mais evidente”, explica a especialista.
Já o diabetes tipo 2 acomete mais pessoas adultas, além de estar mais relacionado com a obesidade, e pode ser tratado tanto com remédios orais e insulina.
- Hábitos ruins de vida, principalmente alimentares e sedentarismo, contribuem para o surgimento do diabetes tipo 2. Já a prática de exercícios pode ajudar a controlar a glicemia, mas é importante ter orientação médica e de um profissional de educação física.
- Segundo a médica, a hiperglicemia (excesso de glicemia) pode levar a alterações de quase todos os tecidos e órgãos, mas principalmente dos rins e da retina. A hipoglicemia, quando há baixo nível de açúcar no sangue, pode levar a um quadro grave, e às vezes irreversível, de confusão mental e até coma.
- Se o diabetes não for tratado adequadamente, podem surgir complicações crônicas e agudas, como pé diabético, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
- “Com uma dieta adequada no combate à obesidade e, principalmente, a prática de atividades físicas é possível evitar o diabetes tipo 2”, orienta a endocrinologista.
- O diabetes também pode ser desencadeado por fatores genéticos associados a outras doenças, como a acromegalia, causada pela produção excessiva do hormônio do crescimento, e síndrome de Cushing, provocada pela alta concentração de hormônio cortisol no corpo. Outro fator é o uso crônico de medicações como corticoides.
- Embora ainda não exista cura para nenhum dos dois tipos de diabetes, é possível que o paciente leve uma vida normal durante o tratamento, que controla a glicose presente no sangue para evitar picos ou quedas ao longo do dia.
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