SAÚDE

Combate ao Colesterol: nutricionista do Seconci-SP dá dicas

Doenças cardiovasculares associadas à substância vitimam cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo

Combate ao Colesterol: nutricionista do Seconci-SP dá dicas

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17 milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo em decorrência de doenças cardiovasculares (como ataques cardíacos e derrames), resultado do colesterol alto e de comportamentos considerados não-saudáveis, como fumo e falta de atividade física. O Seconci-SP (Serviço Social da Construção) dá dicas de como combatr este problema.

O colesterol é um tipo de gordura encontrada naturalmente no corpo humano que tem o papel vital de manter as células funcionado adequadamente. “O problema é quando há um acúmulo de colesterol no sangue, uma vez que em níveis elevados, ele aumenta o risco de entupimento de veias e, consequentemente, de desenvolver doenças cardiovasculares”, explica a nutricionista do Seconci-SP Herika Sotero. 

Existem dois tipos de colesterol na corrente sanguínea. O LDL, conhecido como “ruim”; e o HDL, que protege o coração de doenças e, por isso, é considerado “bom”. “O colesterol ruim está presente principalmente em alimentos de origem animal, como a linguiça, a salsicha, a carne vermelha, a mortadela, o bacon, o leite integral, os queijos amarelos, a gema de ovos, o sorvete cremoso, entre outros”, comenta a especialista. 

“A pessoa com colesterol elevado não apresenta sintomas, por isso é fundamental consultar anualmente o médico para o aferimento dos níveis das taxas. A checagem é realizada por meio de um exame simples de sangue e, se o LDL estiver superior a 100 mg/dl, o trabalhador é direcionado para tratamento, que poderá ser feito através de readequação da alimentação e hábitos ou – em casos mais específicos – por medicação”, explica Herika. 

A especialista explica ainda que não existe cura para o colesterol elevado, razão pela qual é preciso que o paciente promova uma mudança de hábitos permanente para que as taxas do LDL não voltem a crescer após o tratamento. “Nem sempre é fácil deixar de consumir os alimentos a que estamos habituados, mas promovendo pequenas substituições no dia a dia já é possível obter bons resultados”, ressalta. 

Essas alterações, segundo a dra. Herika, podem começar quando o trabalhador vai montar a sua marmita. “O ideal é que metade do prato seja composta por verduras e legumes – isso vale para todas as refeições, diariamente. O consumo de carne vermelha não está proibido, mas deve ser restrito a dois dias por semana. Outras dicas são trocar os carboidratos brancos (arroz, macarrão, pães) pelos integrais, o óleo de soja pelo de oliva, preferir castanhas e nozes a salgadinhos na hora do lanche, passar a tomar leite desnatado em vez do integral”, sugere. “E sempre consumir com moderação”.

 

Prevenção 

A nutricionista comenta que a promoção de pequenas mudanças nos hábitos diários de alimentação e a inclusão da atividade física já são suficientes para que a maioria das pessoas consiga manter as taxas de colesterol regulares.

 

A seguir, a profissional lista algumas dicas que ajudam no controle da substância no corpo:

 

  • Pratique atividade física: A inserção de exercícios na rotina diária, como caminhada (de pelo menos 30 minutos ininterruptos), ajuda a diminuir o LDL do sangue e auxilia no controle do peso.

 

  • Coma com moderação: Não é necessário banir os alimentos de origem animal (como a carne vermelha) da alimentação, mas é importante reduzir o seu consumo. Opte por consumi-los entre uma e duas vezes por semana e, nos outros dias, substitua por carne branca e peixes. 

 

  • Busque pratos verdes: As verduras e legumes são grandes aliados no controle do colesterol. Por isso, é recomendável inserir estes alimentos no almoço e no jantar, sempre em bastante quantidade.

 

  • Tome cuidado com as gorduras invisíveis: O consumo de alimentos embutidos como linguiça, salsicha, mortadela, salame, presunto, bacon, toucinho e carnes de porco (gordurosas como a barriga), além das frituras em geral e “salgados de padaria” deve ser reduzido para uma vez por semana ou menos, principalmente durante o tratamento.

 

  • Envolva a família na mudança de hábitos: A alimentação saudável deve ser estendida a todos os moradores da casa. É uma forma de contribuir com o tratamento da pessoa que está com o colesterol alto e também de proteger o coração de toda a família.

 

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