SAÚDE DA MULHER E DA GESTANTE

Produção de leite materno traz benefícios permanentes ao corpo feminino

De acordo com a consultora, instrutora e educadora em aleitamento materno, alterações físicas, psíquicas, emocionais e sociais são algumas das transformações que ocorrem nas puérperas  

Produção de leite materno traz benefícios permanentes ao corpo feminino Produção de leite materno traz benefícios permanentes ao corpo feminino
Crédito: BANCO DE IMAGENS

Além de gerar o melhor alimento para os bebês, o ato de produzir leite materno também proporciona diversos benefícios para o corpo da mulher, que passa por inúmeras mudanças durante a lactação. De acordo com a consultora de Philips Avent, instrutora e educadora em aleitamento materno, Eneida Souza, alterações físicas, psíquicas, emocionais e sociais são algumas das transformações que ocorrem nas puérperas.

 

A especialista afirma que o ato de estimular a produção do leite materno vai muito além do que ser o melhor alimento para os bebês. A constante ativação hormonal provocada pela amamentação e pela produção do leite materno prepara o cérebro feminino para a sua mais nova arquitetura.

 

Fique por dentro das 6 principais transformações que ocorrem durante a lactação:

 

1. Os altos níveis de hormônios liberados durante a produção de leite materno resultam em alterações constantes no cérebro feminino, deixando-o mais motivado, altamente atento e extremamente protetor. Essa cascata hormonal faz com que a mãe responda prontamente ao bebê e passe a interpretar de maneira mais eficaz as suas necessidades.

 

2. Diversos hormônios são ativados com a produção do leite materno, como a ocitocina, que não apenas reduz a pressão arterial do corpo, mas também inibe a liberação do hormônio do estresse, o glicocorticóide. Para manter esse sistema antiestresse ativado, as mães que não podem amamentar diretamente no peito podem fazer uso do extrator de leite que gera estímulos próximos ao que o bebê produz durante a amamentação e a mãe continua a ter todos os benefícios ao produzir leite materno por mais tempo.

 

3. A prolactina é responsável também por amortecer o medo e a ansiedade ao inibir a amígdala, que é a parte do cérebro responsável pelas respostas ao medo. A cada vez que o bebê suga no peito, os hormônios da mulher são elevados e atingem níveis sanguíneos elevados.  

 

4. A liberação da ocitocina, hormônio que estimula as contrações uterinas durante o parto, ajuda a controlar o sangramento no pós-parto e é responsável pela ejeção do leite materno. Inclusive, faz com que as mulheres respondam de maneira diferente ao estresse, já que a raiva passa a ser substituída por sentimentos mais brandos, como a calma e a alegria. Essa troca hormonal funciona em resposta à amamentação, produção de leite materno e aos circuitos de ocitocina, que são reforçados pela sensação de prazer criados pelas explosões de dopamina -- a química do prazer e da recompensa.

 

5. Durante a produção de leite, a dopamina é elevada no cérebro da mãe por estrogênio e ocitocina. Quando a pressão arterial dela cai, passa a sentir-se em paz e relaxada, em ondas de sentimentos amorosos inspirados pela ocitocina.  

 

5. A lactação também facilita o aprendizado e a memória especificamente para informações sociais, além de aprimoramento na visão ampliada, reflexos e aguçam o poder de ação e reação.

 

Fonte: Eneida Souza é consultora de Philips Avent, enfermeira pediatra, instrutora e educadora em aleitamento materno pela Universidade da Califórnia em Angeles (UCLA-CA) e terapeuta sistêmica para família, casal, individual.  

 

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