A falta de informação é prejudicial em qualquer situação, principalmente quando se fala em saúde. Diante disso, o médico ortopedista David Gusmão esclareceu quatro mitos sobre o quadril e sobre problemas que podem acontecer com ele.
Articulação que conecta as pernas ao tronco, o quadril tem uma função importantíssima no organismo que é sustentar o peso do corpo. Além disso, é uma parte do corpo que permite agilidade de movimentos, mesmo carregando essa “carga” toda.
1- Não existe artrose no quadril?
Uma das grandes falsidades que há por aí é dizer que jovens não têm artrose de quadril. Segundo Dr. Gusmão, “ela é um desgaste, quando a articulação se degenera. Isso pode acontecer por diversas causas e a sua incidência aumenta com a idade. Nos idosos é algo comum, mas nos jovens, ainda que a incidência seja baixa, é algo plenamente possível de acontecer”. Em especial, pessoas que tiveram problemas na infância e impacto femoroacetabular de maior tamanho na adolescência.
2- Atividade física gasta muito o quadril?
Para quem gosta de correr, uma boa notícia: o impacto provocado pela modalidade não gasta o quadril, de forma tão intensa como se imagina. “Ele é uma articulação de carga, ou seja, sustenta todo peso. Isso quer dizer que ele possui uma estrutura forte e compatível com a sua função. Quando a pessoa está em exercício, a carga que passa pelo quadril pode chegar a 8 ou 10 vezes o nosso peso corporal. Mesmo com toda essa demanda, o quadril apresenta apenas um consumo fisiológico, ou seja, um pequeno desgaste durante a nossa vida, como qualquer outra articulação”, detalha o médico.
Os esportes que mais podem prejudicar o quadril são os esportes de mudança brusca de direção, como o futebol é o tênis, associados a pequenas alterações de formato que podem surgir na adolescência, o impacto femoroacetabular. O bom fortalecimento muscular ajuda a prevenir o desgaste, assim como a identificação precoce de problemas articulares do quadril.
3- Musculação não é permitida para quem tem problemas no quadril?
Na musculação, é preciso fazer os exercícios utilizando toda a amplitude de movimento do quadril para conseguir o resultado desejado? Dr. David Gusmão revela que esse não é o caminho. “Existe uma maneira correta de fazer os exercícios. De um modo geral, não há a necessidade de chegar ao limite dos movimentos. Isso não potencializa o resultado e pode trazer problemas, pois favorece as lesões por exigir muito da cartilagem”.
4- Esportes não são indicados para lesionados no quadril?
Para quem já sofreu uma lesão no quadril, Dr. Gusmão dá uma notícia: A pessoa pode voltar sim a praticar esportes. “Até alguns anos atrás, os tratamentos não davam o mesmo resultado positivo como hoje, por isso dependendo da lesão havia sim o comprometimento do rendimento da pessoa. Mas agora existem procedimentos específicos para lesão no quadril e eles permitem que o atleta retorne à sua rotina de treinos e de competição, apto a exercer todo o seu potencial”, completa.
Fonte: Dr. David Gusmão é Médico Ortopedista, especialista em Quadril e Cartilagem. Formado em Medicina pela PUC do Rio Grande do Sul e com diversas especializações nos Estados Unidos e Europa. A sua missão é preservar a função do quadril com as melhores e mais modernas técnicas da medicina.
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