Os problemas no trato gastrointestinal são bastante comuns e podem gerar uma série de problemas no dia a dia de quem os possui, no entanto, poucos sabem que, além das causas mais conhecidas, fatores psicológicos e psicossociais também podem influenciar no aparecimento desses sintomas.
Diversos estudos têm confirmado a influência de fatores psicológicos, em especial o estresse, no desenvolvimento de sintomas gastrointestinais, mais do que o próprio distúrbio intestinal, várias pesquisas também indicam que pacientes com Dispepsia Funcional ou Síndrome do Intestino Irritável possuem mais ansiedade e depressão.
Influência do humor no trato gastrointestinal
Cada vez mais as mudanças de humor, estresse psicossocial e doenças psiquiátricas têm sido relacionadas aos problemas gastrointestinais, isso se deve ao papel do sistema nervoso entérico no nosso humor, como explica o Pós-PhD em neurociências e membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
“A informação que vai para o sistema nervoso entérico é uma maneira pela qual nosso humor pode influenciar nosso funcionamento gastrointestinal. Se você ficar muito nervoso ou animado, você pode notar uma diferença em seus movimentos intestinais. Muitas doenças psiquiátricas estão associadas a certos problemas gastrointestinais”.
O trato digestivo também se comunica com nosso sistema nervoso
Ao contrário do que muitos acreditam, não é apenas o cérebro o responsável por se comunicar com nosso sistema nervoso, o trato digestivo, por exemplo, também exerce esse papel.
A proximidade da comunicação de sinais de saciedade do intestino ao cérebro possui proximidade com a comunicação das emoções do cérebro ao sistema nervoso, essa relação pode ser a relação entre o estresse, ansiedade, depressão e outros problemas mentais com sintomas gastrointestinais.
“A informação que vem do trato digestivo nos diz se nos sentimos cheios, se acabamos de comer a refeição e nosso abdômen está distendido, se sentimos gases, se sentimos fome, se nos sentimos bem, ele está nos dizendo sobre o estado do nosso trato gastrointestinal. A informação que sai do sistema nervoso entérico para o cérebro é cerca de dez vezes mais do que a informação que vai para o sistema nervoso entérico”.
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