SAÚDE

5 Cuidados que ajudam a prevenir a perda auditiva

1 Bilhão de jovens correm risco de perda auditiva, segundo a OMS. Especialista em saúde auditiva indica cinco hábitos que ajudam jovens a não se exporem a ruídos muito altos

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Crédito: BANCO DE IMAGENS

A perda auditiva afeta, anualmente, milhões de brasileiros. E entre os mais jovens, o principal risco está relacionado ao uso de fones de ouvido. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 1 bilhão de jovens entre 12 e 35 anos no mundo correm risco de perda auditiva por conta da exposição excessiva a altos ruídos.  

Em 2015, a OMS criou a iniciativa ‘Make Listening Safe’, que tem como objetivo reduzir os riscos relacionados à audição ‘insegura’ por meio de dispositivos e sistemas de áudio pessoais. E a partir da colaboração de especialistas em som, audiologia, acústica, tecnologia, comunicação em saúde, padronização e desenvolvimento de produtos, foi criada uma Norma Global que visa regular a exposição a sons altos por meio de sistemas de áudio.

“O conteúdo desta norma, baseado em pesquisas e estudos, indica que para o período de sete dias, com 40 horas de uso de fones, a intensidade máxima recomendada deve ser de 80 dBs”, explica Maria Branco, fonoaudióloga do Grupo Microsom, empresa especializada em qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais como perda auditiva, zumbido no ouvido e apneia do sono.

Para saber qual intensidade está o dispositivo, é possível utilizar aplicativos para celulares que funcionam como um decibelímetro. Além disso, existem algumas precauções importantes que podem ser tomadas para minimizar ou evitar essa perda. Por isso, a fonoaudióloga reuniu cinco cuidados que ajudam a prevenir a perda auditiva:  

 

Não abuse do volume

O principal cuidado em relação ao volume é manter a intensidade máxima de 80 dB. Segundo Maria, alguns celulares e computadores modernos já têm essa trava de segurança nas configurações de ajustes.  

Se o dispositivo não tiver essa configuração, existem alguns programas gratuitos que podem ajudar, como:  

 

• Sound Lock – programa que bloqueia o volume quando ultrapassa o limite estabelecido.

• Quiet on the set – limita o volume e tem a possibilidade de travar esse limite, com uma senha (indicado para que crianças pequenas e adolescentes não alterem os níveis da saída).

 

A fonoaudióloga ainda reforça que o ideal é limitar a barra do volume, utilizando até a metade do dial. Outra dica pontuada por ela é verificar se, com os fones de ouvido, é possível manter uma conversa com outra pessoa a um braço de distância. “Caso não seja possível, isso pode significar que o volume do fone está acima de 85 dB”, explica.

 

Use o fone corretamente

Maria explica que é preciso usar os fones nas duas orelhas. “Isso promove uma vantagem chamada somação binaural, com um ganho de 6 dB. Esse ganho pode contribuir para que não haja necessidade de aumentar muito o volume do dispositivo”, completa.

 

Fique atento ao ambiente

O ambiente externo interfere em como utilizamos os fones, portanto é necessário entender o ruído para se adaptar corretamente. “Caso esteja em ambientes fechados e muito ruidosos, opte por fones com cancelamento de ruído”, explica.  

 

Ela ressalta ainda que esse tipo de fone deve ser evitado em locais abertos, com trânsito de veículos, tais como ruas, avenidas e parques, por questões de segurança.

 

Saiba quando parar

“O uso excessivo de fones pode acarretar em zumbidos, sensação de ouvidos tampados, dor de ouvido ou dificuldade para ouvir e entender”, aponta a especialista. Neste caso, além de diminuir o volume ou parar de usar o acessório, Maria aconselha a busca por profissionais adequados, como fonoaudiólogos ou médico otorrinolaringologista

 

Cuide da saúde auditiva

Além dos cuidados com fones destacados acima, Maria ressalta ainda a importância de fazer avaliações periodicamente. “Nos check-ups anuais, é preciso incluir uma visita a especialistas do ouvido e realizar avaliações auditivas. Além disso, sempre que tiver qualquer sensação de ouvidos tapados, zumbido ou dificuldade para ouvir, procure um médico”, conclui.

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