Por que a alimentação e a suplementação podem andar de mãos dadas durante a gravidez?

Você sabe qual é a importância da suplementação na gravidez? Durante esse período, a necessidade de nutrientes aumenta devido ao desenvolvimento do bebê. Por meio da alimentação, a mãe possui um papel fundamental, que é garantir que esses nutrientes cheguem até o feto1. Para explicar um pouco mais sobre o tema, o Dr. Rodolfo Camargo, Nutricionista, Bioquímico e Especialista em Suplementação de Consumer Healthcare na Sanofi, esclarece os benefícios de um olhar atento neste momento tão especial de chegada de um novo integrante da família: “Em muitos casos, manter uma dieta saudável e nutritiva pode não ser suficiente para prover as vitaminas e minerais necessários a essa fase da vida, então, para evitar uma carência nutricional para o organismo, avalia-se a necessidade de suplementação.”

Uma grande preocupação dos pais é com o sistema imunológico das crianças, responsável por proteger o corpo de infecções e doenças. O nutricionista comenta que, durante a gravidez algumas ações são necessárias, como: “Implementar uma dieta saudável e balanceada, garantir uma boa noite de sono e realizar atividades físicas. A suplementação de vitamina C também é uma opção, já que ela colabora com as funções celulares do sistema imunológico e reforça o funcionamento das barreiras naturais contra os invasores nocivos2”.

A vitamina C desempenha um papel crucial não apenas na promoção da produção de células de defesa e anticorpos1, mas também na potencialização da absorção de ferro. Este último, por sua vez, desempenha um papel essencial no transporte de oxigênio no sangue, além de estimular a produção de colágeno, fundamental para a formação e manutenção de tecidos orgânicos. Além desses benefícios, a vitamina C exibe propriedades antioxidantes, que desempenham um papel crucial na prevenção do envelhecimento precoce das células 3.

“Também é importante estar atento a outros nutrientes durante a infância, principalmente aqueles comumente ligados a quadros de deficiência nutricional, como as vitaminas A, D, Iodo, Zinco e Ferro, já que cada um deles é ligado a uma necessidade específica da infância”4, complementa Dr. Rodolfo.

A vitamina D, por exemplo, é responsável por garantir a saúde óssea, já que ela aumenta a capacidade de absorção intestinal de cálcio. A carência desse nutriente pode gerar um quadro clínico de raquitismo, doença que acomete crianças e caracteriza-se pelo amolecimento e enfraquecimento dos ossos, gerando retardo de crescimento, pernas arqueadas, fraqueza, dor na coluna, na pélvis e nas pernas5.

Outro nutriente muito importante e que precisa estar em níveis adequados durante a gravidez é o DHA, gordura da família ômega-3, diretamente ligado ao desenvolvimento neural do bebê, garantindo a formação correta do tubo neural e do crescimento e funcionamento do cérebro, auxiliando na memória, no aprendizado e no sistema cognitivo6.

O Iodo também tem seu benefício para as crianças e é o responsável pela prevenção do bócio, doença que causa o aumento no volume da tireoide7, podendo levar a dificuldade de engolir e respirar. Já a vitamina A está associada ao desenvolvimento da visão, o Ferro ao transporte de oxigênio no sangue e o Zinco à imunidade, assim como a vitamina C6.

Dr. Rodolfo enfatiza que é importante ter atenção às necessidades nutricionais do organismo, destacando a importância de manter um acompanhamento regular com um profissional de saúde, que será responsável por avaliar a necessidade de suplementação, contribuindo assim para o desenvolvimento e qualidade de vida da criança. Ao promover o autocuidado, a mãe também previne futuras doenças, essa abordagem se revela fundamental no cuidado integral com a saúde infantil. Por isso é tão importante ter uma equipe multidisciplinar e com sinergia durante a gestação, dessa forma os olhares se conectam em prol da saúde da criança.