Com a chegada de períodos de baixa umidade, das ondas de calor e aumento da poluição do ar, uma das preocupações recorrentes de quem pratica atividades físicas é o quanto essas condições podem afetar a segurança, o desempenho e a saúde. Sabemos que a umidade do ar tem um papel importante na regulação da temperatura corporal durante os exercícios e o ideal é que ela esteja entre 40% e 60%. Essa faixa permite que o corpo funcione de forma mais eficiente. Mas com números chegando a alarmantes 10%, como fica a segurança na hora de realizar os exercícios?
O doutor Thiago Viana, médico do esporte e nutrólogo, avalia que é preciso escolher o local, horário e a intensidade do exercício para evitar os riscos da desidratação e os efeitos perigosos do calor extremo como o cansaço, tonturas e a sobrecarga pelo estresse térmico. "Em ambientes com baixa umidade, abaixo de 30%, o ar seco pode levar ao ressecamento das vias respiratórias, o corpo perde líquidos mais rapidamente causando desidratação, o que torna a prática de exercícios mais desconfortável e até perigosa", alerta.
Para não correr esses riscos é fundamental beber água antes, durante e após os exercícios físicos e, se possível, optar por ambientes internos com controle de umidade. Realizar atividades físicas em horários do dia em que a umidade seja mais favorável, além de reduzir a intensidade dos mesmos. “Para quem precisa manter a rotina de treinos, as práticas de baixa e moderada intensidade são as mais indicadas. Já as de alto impacto devem ser realizadas com extrema cautela ou evitadas. Recomendo que as atividades físicas sejam realizadas nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde, quando as temperaturas estão mais amenas e a umidade tende a ser mais alta”, diz o médico.
Por fim, é necessário garantir uma boa ingestão de líquidos durante a prática de atividades físicas, a recomendação é de que a água seja a principal fonte de hidratação, tanto em atividades ao ar livre quanto em ambientes fechados. A água de coco também é uma excelente opção por conter eletrólitos, que ajudam a repor os minerais perdidos em treinos mais longos. Já as bebidas esportivas podem ser utilizadas em atividades intensas e prolongadas, com moderação. Outra orientação importante é evitar bebidas com cafeína e álcool, que podem desidratar o corpo. "O nosso organismo dá sinais quando algo não está certo. Se sentir desconforto, tontura ou cansaço extremo, é hora de reduzir o ritmo ou interromper a atividade", conclui Dr. Viana.
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