SAÚDE

E. coli: entenda o que é a bactéria encontrada em hambúrguer do McDonald's

Um surto de infecção por E. coli, relacionado ao hambúrguer Quarterão, do McDonald's, resultou na morte de uma pessoa e deixou dezenas de doentes em dez estados dos Estados Unidos, conforme divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)

E. coli: entenda o que é a bactéria encontrada em hambúrguer do McDonald Crédito: Banco de imagens

A bactéria responsável, E. coli O157, é altamente perigosa e já esteve associada a surtos fatais anteriores. A contaminação ocorreu, segundo as autoridades, por carne mal cozida utilizada na preparação dos hambúrgueres. A E. coli O157 é uma variante da bactéria Escherichia coli, normalmente encontrada no intestino humano sem causar problemas. No entanto, essa cepa específica pode desencadear infecções graves no sistema digestivo. O consumo de carne moída malpassada é uma das principais formas de contágio.

Os primeiros sinais de infecção incluem cólicas abdominais fortes e diarreia aquosa, que pode evoluir para diarreia com sangue dentro de 24 horas. Embora muitos dos casos possam se resolver espontaneamente após cerca de uma semana, infecções mais graves podem resultar em complicações severas, como a síndrome hemolítico-urêmica, que causa danos aos rins e pode ser fatal. Crianças e idosos são particularmente vulneráveis a essas complicações.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da infecção é feito por meio de testes laboratoriais de fezes, urina ou sangue. Embora hidratação e cuidados paliativos sejam recomendados para os casos mais leves, o tratamento com antibióticos não é indicado em quadros causados pela cepa O157, pois pode aumentar o risco de agravamento do quadro clínico. Nos casos graves, pode ser necessário o uso de fluidos intravenosos e suporte médico intensivo.

Prevenção

Para evitar a infecção por E. coli, é fundamental garantir o cozimento completo de carnes, especialmente as moídas. Além disso, a higienização das mãos após manipulação de alimentos e antes das refeições é uma medida eficaz. O CDC também recomenda evitar o consumo de leite não pasteurizado e o uso de água de fontes não tratadas.

O surto serve como um alerta sobre a importância de boas práticas de segurança alimentar, destacando a necessidade de vigilância no preparo e consumo de alimentos para prevenir futuros episódios de contaminação. 

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